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Cade aprova, com remédios, venda de ativos da Marfrig para Minerva

Órgão antitruste determinou que a Minerva venda planta em Pirenópolis (GO)

Cade: órgão antitruste impôs restrições à operação entre Marfrig e Minerva (Alfribeiro/Getty Images)

Cade: órgão antitruste impôs restrições à operação entre Marfrig e Minerva (Alfribeiro/Getty Images)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 25 de setembro de 2024 às 13h25.

Última atualização em 25 de setembro de 2024 às 14h56.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira, 25, a operação entre a Marfrig e a Minerva, mas aplicou restrições ao negócio de R$ 7,5 bilhões.

A Minerva comprou da Marfrig 16 plantas frigoríficas no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile, prevendo aumentar em 44% a capacidade de abate de gado e ampliar sua fatias nas exportações do continente

A planta produtiva em Pirenópolis (GO) terá que ser vendida pela Minerva por preocupação do órgão antitruste com a "concentração excessiva" no Estado.

A planta está inativa, mas a volta da unidade para operação seria danosa para a concorrência local, segundo o tribunal.

O Cade também decidiu declarar sem efeitos a cláusula que previa um limite de expansão da capacidade própria da Marfrig em abate e desossa na planta produtiva de Várzea Grande (MT). Ainda assim, a empresa não pode iniciar novas plantas no Estado por cinco anos.

Os remédios impostos pelo Cade foram considerados "cruciais" pelo conselheiro Carlos Jacques para a aprovação da operação.

Todos os integrantes do tribunal seguiram o voto de Jacques, e o presidente, Alexandre Cordeiro, não votou por impedimento.

Em maio deste ano, a autoridade a Comissão de Promoção e Defesa da Concorrência (Coprodec) do Uruguai, o Cade do país vizinho, não aprovou a aquisição de três estabelecimentos industriais de propriedade da Marfrig por lá.

As companhias esperam que a operação seja concluída até o fim de outubro.

Há pouco, as ações da Marfrig caem 1% e as da Minerva, 1,35%.

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