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Cachoeira Paulista fará emissão de R$ 440 milhões em debêntures

Papéis não serão conversíveis em ações e serão vendidos em duas emissões

Energia e telefonia já estão descolados do IGP-M (Divulgação)

Energia e telefonia já estão descolados do IGP-M (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2011 às 18h02.

São Paulo – A Cachoeira Paulista Transmissora de Energia (CPTE) anunciou nesta segunda-feira que planeja emitir 440 milhões de reais em debêntures, segundo prospecto preliminar enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O anúncio ocorre no mesmo dia em que a companhia entrou com registro de companhia aberta na autarquia.

A intenção da companhia de emitir debêntures já havia sido antecipada por Angel Javier Casaseca de Prada, diretor de Relações com Investidores da empresa, em entrevista concedida para EXAME.com.

A companhia planeja realizar duas ofertas públicas de distribuição. Cada uma delas contará com a emissão de 220 mil debêntures, não conversíveis em ações e em até duas séries. O valor unitário de cada debênture será de 1.000 reais. A operação será coordenada pelo Banco Santander Brasil. A data de emissão das debêntures e o prazo de vencimento não estavam imediatamente disponíveis no prospecto preliminar.

Os recursos obtidos pela companhia com a oferta serão destinados para: liquidação integral do saldo devedor de um financiamento celebrado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); concessão de um empréstimo para a controladora Isolux; pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio; e redução de capital.

Perfil

A Cachoeira Paulista Transmissora de Energia é uma companhia 100% controlada pelo conglomerado espanhol Isolux Corsán. O grupo atua desde o ano 2000 no setor de transmissão de energia elétrica em diversos países.

O Isolux Corsán gere 1.690 quilômetros de autoestradas na Índia, Brasil, México e Espanha, além de 5.237 quilômetros de redes de transmissão de energia de alta tensão no Brasil, na Índia e nos Estados Unidos.

Segundo dados internos da companhia, o grupo lidera o mercado na construção de centrais fotovoltaicas com chave na mão com 267 MW instalados e também na geração de energia elétrica, com capacidade instalada de 168,2 MWp, que geraram na Espanha e Itália 223 GW/h de energia em 2010.

Investimento no Brasil

Os executivos do grupo se encontraram na última sexta-feira (19) com a presidente da República, Dilma Rousseff. Eles apresentaram a intenção de transferir para o Brasil a sede da empresa responsável pelas atividades de concessões de rodovias e transmissão de energia e geração de energia solar, além de um investimento de 5 bilhões de reais no País até 2014.

De acordo com João Nogueira Batista, presidente do conselho de administração da Isolux Infrastructure, a empresa pretende incrementar no Brasil o desenvolvimento de projetos de energia solar.

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