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Burger King voltará a ter ações em bolsa nos EUA

Informação foi antecipada por EXAME. O IPO ocorrerá logo após a venda de uma participação de 29% da companhia para o fundo Justice Holdings

A 3G Capital, que tem entre os sócios os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, ficará com 71% da companhia (Joe Raedle/Getty Images)

A 3G Capital, que tem entre os sócios os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, ficará com 71% da companhia (Joe Raedle/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2012 às 10h13.

A rede de fast-food Burger King anunciou no final da terça-feira que planeja abrir capital por meio de acordo com uma companhia de investimento listada em Londres, menos de dois anos depois de aceitar a proposta de compra pelo grupo de investimentos 3G Capital.

O rápido retorno à bolsa ressalta a melhora no lucro da Burger King Worldwide Holdings, que opera mais de 12 mil lojas ao redor do mundo, a maioria franquia.

O novo investidor da rede, a Justice Holdings, prevê que o lucro quase dobrará em 2012 em relação a 2010, na medida em que reformula o menu para competir melhor com McDonald's e Wendy's.

A 3G Capital, que tem entre os sócios os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, ficará com 71 por cento da companhia, enquanto a Justice Holdings, que abriu o capital em fevereiro de 2011 de olho em uma operação de fusão e aquisição, vai se unir à Burger King e pagar 1,4 bilhão de dólares em dinheiro por 29 por cento da nova companhia.

O vice-presidente financeiro do Burger King, Daniel Schwartz, disse que o negócio com a Justice Holdings avalia a Burger King em mais de 8 bilhões de dólares, o dobro do valor de outubro de 2010, quando a 3G Capital comprou a rede de fast-food em um negócio de 3,26 bilhões de dólares.

"É o momento certo para o Burger King voltar a ser uma companhia pública nos Estados Unidos de novo. Nossa nova base de investidores vai nos ajudar a maximizar o potencial futuro da marca", disse Schwartz.

O co-fundador da Justice William Ackman afirmou que levou a proposta da operação a seus sócios na empresa, o bilionário Nicolas Berggruen e Martin Franklin, criador da Jarden Corp.

"Eles gostaram do que eu vi, uma marca global de 58 anos e uma franquia simples, previsível, com crescimento de fluxo de caixa e no processo de se transformar em um negócio puramente de royalties de marca. Os resultados até agora têm sido notáveis", disse Ackman, em comunicado.

A nova companhia do Burger King deve entrar para a Bolsa de Nova York nos próximos dois ou três meses, e a Justice vai parar de ser negociada na bolsa de Londres na sequência.

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