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Buffett aumenta participação em Mitsubishi e Mitsui e impulsiona ações no Japão

Investidor americano já detém cerca de 10% em conglomerados que dominam setores da economia japonesa

Warren Buffett: aposta bilionária em conglomerados japoneses ganha força (Paul Morigi/Getty Images)

Warren Buffett: aposta bilionária em conglomerados japoneses ganha força (Paul Morigi/Getty Images)

Publicado em 28 de agosto de 2025 às 10h50.

Última atualização em 28 de agosto de 2025 às 11h02.

O megainvestidor Warren Buffett voltou a reforçar sua aposta no Japão. A Berkshire Hathaway elevou sua fatia nos gigantes de comércio Mitsubishi Corp. e Mitsui & Co., movimento que impulsionou as ações das duas companhias em Tóquio nesta quinta-feira, 28.

Segundo comunicado da Mitsubishi, a participação de Buffett passou de 9,74% em março para 10,23% agora, considerando direitos de voto. Já a Mitsui informou que a Berkshire também ampliou sua posição, que era de 9,82% até o fim do primeiro trimestre.

O anúncio foi bem recebido pelo mercado. As ações da Mitsubishi subiram 1,9% em Tóquio. Mitsui, Itochu e Marubeni avançaram 1,2% cada uma, enquanto Sumitomo fechou em alta de 1,1%.

Aposta de longo prazo

Buffett começou a investir nos chamados shosha em 2020. Os conglomerados japoneses vêm ampliando a remuneração aos acionistas e diversificando negócios para reduzir a dependência de setores voláteis, como o de recursos naturais.

“Vemos essa aquisição adicional como sinal de confiança em nossa empresa, e vamos seguir fortalecendo nosso portfólio”, afirmou a Mitsui em nota.

A Berkshire tem participação nas cinco maiores tradings do Japão, incluindo Marubeni, Itochu e Sumitomo.

Essas companhias atuam em áreas que vão de petróleo e gás no exterior a criação de salmão e redes de conveniência.

Para analistas, a presença de Buffett tem reforçado a visibilidade das shosha. “Elas estão mais proativas em aumentar o retorno aos acionistas, por meio de recompras e dividendos”, disse Norikazu Shimizu, da Iwai Cosmo Securities, em entrevista à Bloomberg.

Expansão autorizada

Apesar de inicialmente ter sinalizado que manteria suas posições abaixo de 10%, Buffett conseguiu que as empresas concordassem em elevar “moderadamente” esse limite, segundo sua carta anual a investidores, publicada em fevereiro.

Registros na Comissão Federal de Energia dos EUA mostram que a Berkshire pediu autorização para aumentar as fatias em maio e recebeu aval neste mês.

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