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BTG retira Petrobras (PETR4) da carteira para agosto, mas ainda se mantém no setor de petróleo

Banco cita em relatório que substituição da petroleira reduz a exposição política do portfólio, em um momento em que as notícias sobre fusões e aquisições podem afetar seu desempenho

Carteira BTG: Petrobras (PETR4) dá lugar a PetroRio (PRIO3) (André Motta de Souza / Agência Petrobras/Divulgação)

Carteira BTG: Petrobras (PETR4) dá lugar a PetroRio (PRIO3) (André Motta de Souza / Agência Petrobras/Divulgação)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 1 de agosto de 2024 às 12h35.

Última atualização em 1 de agosto de 2024 às 13h01.

Depois de voltar com Petrobras (PETR4) em dezembro de 2023, o BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME) retirou novamente os papéis da petroleira na carteira recomendada de agosto. No lugar, entrou PetroRio (PRIO3). A substituição do banco na empresa mantém a carteira ainda com 10% de exposição no setor de petróleo e gás.

Para os analistas do BTG, a substituição não significa que o banco está pessimista em relação à Petrobras. "Pelo contrário, ainda acreditamos que a empresa oferece um bom potencial de carrego,
juntamente com possíveis surpresas positivas em sua geração de caixa em 2025 e 2026", pontuam.

No entanto, os especialistas acreditam que a Prio apresenta, atualmente, uma combinação melhor de alguns fatores, sendo eles: maiores oportunidades de crescimento orgânico, múltiplos atraentes e
potenciais catalisadores positivos no curto prazo, como a resolução da greve do Ibama, e fusões e aquisições geradores de valor.

O BTG ainda acrescenta que a substituição reduz a exposição política do portfólio, em um momento em que as notícias sobre fusões e aquisições podem afetar o desempenho da Petrobras.

Tim (TIMS3) substitui Rumo (RAIL3)

Outra troca para agosto foi Tim (TIMS3) por Rumo (RAIL3), fazendo a carteira zerar a posição no setor de telecomunicações e entrar no setor de infraestrutura. Segundo os analistas, a aposta em Rumo se dá devido a sua capacidade de manter sua vantagem competitiva ao oferecer as soluções logísticas mais eficientes para o transporte de grãos a partir do Centro-Oeste do Brasil.

"Além disso, os últimos indicadores do setor têm sido favoráveis (dados melhores de safra, preços de frete mais altos etc.), indicando um ambiente positivo em relação às discussões sobre os preços do próximo ano (geralmente negociados no segundo semestre)", escrevem em relatório.

O BTG também ressalta que estão otimistas com o balanço do segundo trimestre de 2024 da empresa, que será divulgado no dia 8 de agosto, após o fechamento do mercado. Os especialistas esperam volumes mais fortes e preços sólidos em relação ao ano passado. Com o valuation de volta a 7,6x EV/Ebitda (lValor da empresa/Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2025, o banco recomenda a compra de Rumo em agosto.

Kablin (KLBN11) sai, Rede D'Or entra (RDOR3)

A terceira troca da carteira para agosto foi a saída de Klabin (KLBN11), que representava uma posição de 10% no setor de papel e celulose, para dar lugar à Rede D'Or (RDOR3), também com um peso de 10%, sendo a única do setor de saúde.

Para o BTG Pactual, a entrada da rede de hospitais baseia-se na análise de melhores resultados, da recente parceria com o Bradesco (BBDC4) e do forte momento de lucros. "Continuamos confiantes nas perspectivas de crescimento do segmento hospitalar e nos ganhos adicionais de margem no negócio de seguros", pontuam os analistas.

Eles também enfatizam que as expectativas são boas para o segundo trimestre de 2024, o que poderia levar novamente a revisões positivas das expectativas do consenso — com o balanço sendo divulgado no dia 14 de agosto após o pregão.

"No segundo trimestre, esperamos um crescimento de receita próximo de 10%, melhorias sólidas na margem Ebitda (em ambos os segmentos) e outra rodada de expansão considerável do Lucro por Ação (LPA)", escrevem.

Recompras de ações (primeiro programa desde que o IPO foi anunciado há dois meses), mais compras de ações pelos acionistas controladores (+R$ 1 bilhão em ações foram compradas no ano passado) e possíveis fusões e aquisições (já que a Rede D'Or parece bem-posicionada para capturar oportunidades inorgânicas), são outros fatores que o BTG cita como positivos para recomendar a compra do papel.

Simulador de Investimentos da EXAME

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