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BTG Pactual vê Localiza (RENT3) como "porto seguro" e eleva preço-alvo para R$ 80

O banco diz que a locadora de veículos demonstrou excelente criação de valor desde a sua criação e resiliência, o que deve se somar a crescimento mais acelerado pelas sinergias com a Unidas

Localiza: ação vem sendo negociada a 16x o múltiplo de Preço/Lucro considerando as estimativas para 2023 (Localiza/Divulgação)

Localiza: ação vem sendo negociada a 16x o múltiplo de Preço/Lucro considerando as estimativas para 2023 (Localiza/Divulgação)

Negociação a múltiplos atraentes e consistência de um porto seguro são duas características que levaram o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da Exame) a atualizar suas teses de investimentos para Localiza (RENT3). A equipe do banco reiterou a recomendação de compra e revisou o preço-alvo de R$ 75 para R$ 80, uma aumento significativo em meio a tantos cortes de preços-alvos que os bancos de investimento vêm fazendo neste fim de ano.

De acordo com a equipe, apesar dos desafios persistentes na indústria automobilística, a produção de veículos está melhorando gradualmente, o que deve ajudar a Localiza a retomar seu processo de renovação de frota e, assim, seu crescimento recorrente.

"A longo prazo, a Localiza demonstrou uma excelente criação de valor desde a sua criação e demonstrou a resiliência do seu negócio durante vários ciclos da indústria, levando-nos a classificar a empresa como um 'porto seguro' no setor de transporte", diz o banco em seu relatório.

A equipe destaca que o ativo vem sendo negociado a 16 vezes o múltiplo de Preço/Lucro considerando as estimativas para 2023, mas que a média era de 29,5 vezes se considerados os últimos cinco anos. Além dessa diferença, os analistas dizem que os fundamentos de longo prazo  estão "mais fortes do que nunca", oferecendo espaço para normalização  ou mesmo expansão de múltiplos, especialmente após a incorporação da Unidas, cuja fusão foi anunciada em 2020 e concluída em julho deste ano.

O banco aumentou a projeção de receita líquida de 2023 e 2024 em 44% e 64%, respectivamente, enquanto o avanço esperado para o EBITDA (sigla inglês para resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é de 143% e 153% nesses mesmos anos. Já o lucro líquido deve crescer 76% em 2023 e 106% em 2024, segundo o banco. "Nosso preço-alvo impulsionado por fluxos de caixa descontados (DCF) está agora em R$ 80, oferecendo 57% de upside, dos quais R$ 9,5 por ação vêm das sinergias da Unidas (estimadas em R$ 9,3 bilhões)."

 

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