Invest

BTG Pactual tem nota de emissor elevada pela Moody's para AAA.br

'A elevação dos ratings do BTG reflete o movimento do banco em direção a um perfil de negócios mais diversificado, menos complexo, e fortalecido', aponta a agência de classificação de risco

Sede do BTG Pactual em São Paulo: Moody's aponta 'forte posição de capital do banco' | Foto: Leandro Fonseca/EXAME (Leandro Fonseca/Exame)

Sede do BTG Pactual em São Paulo: Moody's aponta 'forte posição de capital do banco' | Foto: Leandro Fonseca/EXAME (Leandro Fonseca/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2021 às 16h23.

O BTG Pactual (BPAC11) passou por um upgrade dos seus ratings de emissor e de depósito bancário de longo prazo pela agência de classificação de risco Moody's, segundo relatório recém-divulgado: a nota passou de AA+.br para AAA.br, que é o patamar mais elevado que existe.

A perspectiva da nova nota é estável, o que reflete a expectativa de manutenção dos fundamentos de crédito consistentes com o atual nível de rating ao longo dos próximos 12 a 18 meses, segundo a agência.

É a segunda nota "triple A" obtida pelo BTG Pactual (do mesmo grupo que controla a EXAME) em três meses. Em junho, a Standard & Poor's promoveu a nota de crédito de emissor de longo prazo do banco de "brAA+" para "brAAA".

Em termos práticos, o upgrade da nota de crédito do BTG deve se traduzir em queda do custo de captação de recursos no mercado por meio da emissão de dívida, ainda mais com a chancela de duas das três agências mais importantes do mundo (a terceira é a Fitch).

O upgrade é também o reconhecimento do mercado, de forma independente, de uma estratégia que tem reforçado e levado a resultados recordes áreas históricamente relevantes para a instituição, como a de banco de investimentos; ao mesmo tempo em que se expandiu em novas áreas em que acelerou o crescimento, em especial no varejo digital, por meio do BTG Pactual digital e do Banco Pan (BPAN4).

"A elevação dos ratings do BTG reflete o movimento do banco em direção a um perfil de negócios mais diversificado, menos complexo e fortalecido, com foco na estabilização dos resultados gerados a partir da carteira de empréstimos e das operações de gestão de recursos e de gestão de patrimônio", aponta a Moody's no relatório ao justificar a decisão.

A agência, uma das três mais importantes e respeitadas do mercado, aponta que o lucro líquido do BTG como percentual dos ativos tangíveis foi de 1,7% em junho de 2021, com um ligeiro aumento em relação ao 1,6% registrado em dezembro de 2020.

"A elevação dos ratings também reflete a forte posição de capital do banco e boa estrutura de liquidez para apoiar sua estratégia de crescimento da carteira de empréstimos, juntamente com uma estrutura organizacional menos complexa após o desinvestimento de várias operações de banco comercial", apontam os autores do relatório, Diego Kashiwakura, Letícia Sousa e Bernardo Costa.

Os analistas lembram que, no primeiro semestre de 2021, o banco levantou 2,5 bilhões de reais por meio de uma oferta subsequente (follow on) primária, cujos recursos estão sendo investidos na sua plataforma digital e na expansão da carteira de crédito. Em junho de 2021, o BTG reportou um índice de Capital Nível 1 de 15,4% e um índice de Capital Total de 17,3%.

"Os ratings também incorporam a melhora do perfil de financiamento institucional do banco e a contínua diversificação e estrutura de prazos dos passivos nos últimos anos. O banco melhorou a diversificação de captações e seu volume de recursos de terceiros, focando na melhoria da estabilidade de longo prazo da sua estrutura de captação."

Os analistas da Moody's explicam que a avaliação também reflete o grande volume de ativos de alta liquidez mantidos pelo BTG, que totalizava 137,9 bilhões de reais em junho de 2021, ou cerca de 41,5% dos ativos tangíveis bancários, cobrindo mais de 100% do total do unsecured funding com vencimento nos próximos 12 meses e, portanto, reduzindo a exposição do banco ao risco de funding.

As units do BTG acumulam valorização de 35% nos últimos 12 meses, superando o desempenho de grandes bancos de varejo no período. O banco tem um valor de mercado em torno de 140 bilhões de reais, próximo de níveis recordes.

Acompanhe tudo sobre:Banco PANBTG PactualCréditoFitchMoody'sStandard & Poor's

Mais de Invest

Musk, Bezos, Zuckerberg: os bilionários que mais perderam dinheiro após tarifas de Trump

CEOs já acreditam que Estados Unidos estão em recessão, diz Larry Fink, da BlackRock

Mercados europeus fecham em queda pela 4ª sessão consecutiva com temor sobre guerra comercial

S&P 500 entra no bear market após Trump ameaçar China com tarifas adicionais