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BTG Pactual recebe grau de investimento da Moody’s

Banco precisa mostrar capacidade de gerenciamento de risco com o crescimento acelerado para subir ainda mais na escala, explica agência

Rating do banco de André Esteves está entre os mais altos entre as instituições financeiras de pequeno e médio porte no Brasil (Germano Lüders/EXAME.com)

Rating do banco de André Esteves está entre os mais altos entre as instituições financeiras de pequeno e médio porte no Brasil (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2011 às 16h26.

São Paulo – O banco de investimentos BTG Pactual recebeu a nota de grau de investimento da agência de classificação de risco Moody’s, revela nota publicada ao mercado. O rating de longo e curto prazo em moeda estrangeira foi estabelecido em Baa3, primeiro nível do grau de investimento.

Segundo Ceres Lisboa, uma das analistas que assina o relatório, a nota é uma das melhores entre os bancos pequenos em médios que possuem o crédito avaliado pela agência. “No Brasil, os bancos médios têm nota abaixo de Ba1”, disse em entrevista por telefone para EXAME.com.

Acima do BTG estão o Alfa (Baa2) e o Safra (Baa1). Os bancos ABC Brasil (Baa3, perspectiva negativa) e BicBanco (Baa3) estão no mesmo nível. A Moody’s ressaltou na análise a necessidade de o banco consolidar a sua estratégia de crescimento e controlar o risco da carteira, ainda muito concentrada.

Crescimento acelerado

O volume de ativos dobrou na comparação com 2009, com conseqüente aumento de títulos em tesouraria e baixa contribuição para a rentabilidade do banco. O crescimento é explicado, em parte, pelo aumento da carteira de títulos e valores mobiliários, da carteira de crédito da exposição em derivativos com clientes, aponta a análise.

“No entanto, estas operações tendem a aumentar substancialmente o risco de concentração de crédito, o que representa uma fonte de preocupação, particularmente em um ambiente altamente competitivo”, mostra o texto. Ceres explica que o rating foi concedido em um ponto de crescimento, o que traz incertezas. “Se o banco mostrar que sabe administrar o risco, a gente pode rever o rating”, destacou.

Pontos positivos

Do lado positivo, a agência destaca que a estrutura societária do BTG Pactual é um fator positivo de crédito devido a intrínseca aversão à risco dos sócios.

“A recente entrada de um grupo de investidores de alto calibre, que contribuiu com US$1.8 bilhão de capital em 2010, deve melhorar a políticas de governança corporativa do BTG Pactual, enquanto oferece apoio à tomada de decisões estratégicas e crescimento da instituição”, afirma a análise.

Um consórcio internacional de investidores entrou no capital do banco em dezembro do ano passado.

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