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BTG Pactual protocola pedido de IPO

Fato relevante na CVM aponta que banco venderá units sob coordenação do Bradesco

BTG Pactual, de André Esteves, protocola pedido de IPO  (Germano Lüders/EXAME.com)

BTG Pactual, de André Esteves, protocola pedido de IPO (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2012 às 12h07.

São Paulo - O BTG Pactual acaba de enviar para Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido para sua Oferta Pública de Ações (IPO). Segundo um fato relevante publicado pela empresa, será feita uma distribuição primária e outra secundária de certificados de depósitos de valores mobiliários (units). Cada unit será composto por ações ordinárias e preferenciais classe A do Banco BTG Pactual além de certificados de depósitos (Brazilian Depositary Receipts - BDR) que representam ações classes B da BTG Pactual Participations. A quantidade de ações representadas em cada certificado, porém, ainda não foi revelada pelo banco.

Para que os BDRs da empresa de participações possam compor os units da oferta, que terá esforços de colocação no exterior, o BTG protocolou também hoje o pedido de registro de dois programas de BDR patrocinados Nível III, um para ações preferenciais classe A, e outro para papéis preferenciais classe B.

A oferta terá esforços de colocação no exterior e, conforme antecipado pela Bloomberg, o coordenador será o Bradesco. Outros detalhes como faixa de preço esperada pelo ativo e quantidade de ações que serão vendidas ainda não foram revelados. A expectativa, porém, é que sejam negociados cerca de 10% do banco.

Além da oferta que vai acontecer na BM&FBovespa, o banco fará também uma oferta exclusiva para investidores estrangeiros, na qual vai oferecer um certificado de depósito chamado Global Depositary Units (Units Euronext). Além do Bradesco BBI, essa oferta terá coordenação também do Goldman Sachs e do J.P. Morgan.

De acordo com o prospecto preliminar, no exercício social encerrado em dezembro de 2011, as receitas do banco somaram 3,201 bilhões de reais, com lucro líquido de 1,921 bilhão de reais. No final do ano passado, o capital próprio do banco era de 8,540 bilhões, com um total de 85,2 bilhões de reais em ativos administrados na área de asset management e outros 38,9 bilhões de reais em wealth management.

Conforme mostrou o blog Faria Lima, a estimativa é que o valor da empresa de André Esteves chegue hoje a cerca de 14,7 bilhões de dólares. O IPO é que vai mostrar se o mercado concorda com esse valor.

*Última atualização: 12h07

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