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BTG Pactual pode captar R$ 1 bilhão com IPO

O montante total a ser levantado e a escolha dos bancos que vão coordenar a operação devem ser definidos nos próximos dias

O pedido de análise para o início da oferta de ações deve ser enviado a qualquer momento à Comissão de Valores Mobiliários (Germano Lüders/EXAME.com)

O pedido de análise para o início da oferta de ações deve ser enviado a qualquer momento à Comissão de Valores Mobiliários (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 19h43.

São Paulo - A abertura de capital do BTG Pactual deve movimentar ao menos R$ 1 bilhão. Esse número tem sido falado em conversas reservadas entre os bancos de investimento que estão sendo convidados a participar da operação, de acordo com fontes próximas.

O pedido de análise para o início da oferta de ações deve ser enviado a qualquer momento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O montante total a ser levantado e a escolha dos bancos que vão coordenar a operação devem ser definidos nos próximos dias. Oficialmente, ninguém comenta a operação. As informações são guardadas a sete chaves. Nem o próprio André Esteves, sócio criador do BTG.

Em entrevista coletiva à imprensa na último dia 8 para anunciar a fusão do BTG com o banco chileno Celfin, o executivo disse que poderia falar também sobre qualquer outro assunto, menos o IPO do Pactual. O IPO (Oferta Inicial Pública de Ações, na sigla em inglês) do BTG Pactual é esperado com bastante ansiedade pelos investidores, além de ser visto como sucesso certo no mercado. A razão do forte interesse pelos papéis do banco é o fato de a instituição ter tido forte crescimento nos últimos anos com uma atuação agressiva no mercado de capitais.

Desde 2009, quando os sócios do UBS negociaram a venda do BTG para seus donos anteriores, o Pactual, por US$ 2,5 bilhões, a abertura de capital do banco já era aguardada. Em 2010, o IPO chegou a ser planejado, mas foi adiado. Em novembro último, quando o banco de André Esteves obteve autorização da CVM para ser companhia aberta, fontes consultadas pela Agência Estado datavam para 2012 a operação, caso o mercado estivesse mais propício para captações. Na época, a oferta já era tida como "grande" e de "sucesso" perante o mercado.

Apesar de o cenário ser mais positivo para o mercado acionário brasileiro neste começo de ano - em 2012 o Ibovespa já acumula alta de 16%, as duas empresas que anunciaram IPO para 2012 voltaram atrás nos seus planos. Uma delas foi a Brasil Travel, que desistiu da oferta por falta de demanda já que o seu modelo de negócio que não convenceu os investidores. Antes dela, a Seabras Serviços de Petróleo optou por adiar a oferta, alegando necessitar de tempo para fazer algumas alterações em sua estrutura corporativa.

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