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BTG diminui estimativas para ações da Magnesita

Falta de gatilhos para ações e cenário pessimista para a siderurgia motivaram redução do preço-alvo e avaliação neutra

Ações da Magnesita carecem de catalisadores do curto prazo, diz BTG Pactual

Ações da Magnesita carecem de catalisadores do curto prazo, diz BTG Pactual

DR

Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2012 às 18h16.

São Paulo – Diante da expectativa de um cenário de baixa para as siderúrgicas e a ausência de catalisadores para as ações da Magnesita (MAGG3) no curto prazo, a equipe do BTG Pactual reviu suas expectativas para a companhia em relatório desta sexta-feira (3), rebaixando sua classificação de compra para neutra e cortando o preço-alvo da companhia de 14 para 12 reais.

“Olhando à frente, acreditamos que a Magnesita deve obter um crescimento modesto nos ganhos, e que fomos excessivamente otimistas com sua recuperação”, dizem os analistas Edmos Chagas, Humberto Meirelles e Antônio Heluary.

Entre os fatores que devem prejudicar o desempenho das ações, o relatório destaca o aumento do custo das matérias primas, com as medidas da China para diminuir o uso de energia e sobretaxar exportações, que devem reduzir potencialmente as margens operacionais da empresa. Em paralelo, o BTG projeta uma diminuição do ritmo de crescimento da produção de aço mundial nos próximos trimestres, impactando a demanda pelos produtos refratários – o aço é responsável por 70% das vendas da Magnesita.

A conjuntura pessimista é reforçada pela avaliação alta da Magnesita, pouco atraente quando comparada a seus pares. “Ainda que vejamos ganhos mais estáveis, acreditamos que o prêmio não valha a pena diante da desaceleração do crescimento”.

Para o longo prazo, as estimativas do BTG são mistas. Como a companhia tem operado além da média de mercado do setor siderúrgico no Brasil, deve retardar seu ritmo em caso de recuperação do segmento. Por outro lado, suas grandes reservas de magnesita e dolomita de alta qualidade a deixam em boa posição para potenciais aquisições de produtoras de regratários não integradas. “O desafio é maximizar o valor econômico desses depósitos”, escrevem os analistas.

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