Mercados

Bruxelas promete trabalhar por mais disciplina nos mercados

Órgão executivo da União Europeia quer uma maior regulamentação no mercado financeiro, especialmente nas negociações de matéria-prima

Michel Barnier, comissário europeu de Mercado Interno: Comissão Europeia deve propor uma nova legislação sobre produtos financeiros derivados (Thony Belizaire/AFP)

Michel Barnier, comissário europeu de Mercado Interno: Comissão Europeia deve propor uma nova legislação sobre produtos financeiros derivados (Thony Belizaire/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2010 às 09h50.

Bruxelas - A Comissão Europeia afirmou nesta terça-feira que proporá em setembro uma melhor regulamentação dos mercados financeiros ligados a matérias-primas, que incluiria mais transparência e disciplina, em resposta a um pedido feito neste sentido pela França.

O comissário europeu de Mercado Interno, o francês Michel Barnier, afirmou em uma carta que compartilha a posição de Paris sobre "a necessidade de uma perspectiva europeia" para melhorar a regulamentação dos mercados onde são cotadas as matérias-primas.

"Mais precisamente, a nível europeu, as propostas que farei em meados de setembro sobre produtos derivados trarão mais transparência e disciplina em relação às matérias-primas", explicou Barnier, em uma carta obtida pela AFP em Bruxelas.

De fato, a Comissão Europeia deve propor uma nova legislação sobre produtos financeiros derivados, concebidos para proteger os investidores das grandes flutuações das cotações, mas criticados por fomentar a especulação, fazendo disparar os preços das matérias-primas, entre as quais estão alimentos básicos como o arroz.

A França fez um pedido formal à Comissão Europeia para que tome "iniciativas" para "melhorar" a regulação dos mercados financeiros relacionados às matérias-primas, segundo anunciou nesta terça-feira.

Em uma carta conjunta, três ministros franceses (Economia, Energia e Agricultura) afirmaram que a regulação vigente é "insuficiente", e pediram uma iniciativa europeia para melhorá-la.

Barnier também defendeu uma reflexão europeia e outra a nível mundial, uma vez que se trata de "uma questão complexa que requer coordenação internacional".

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