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Brookfield derrete na bolsa com resultados fracos e dívida maior

Mercado recebe mal os resultados da empresa e papéis são destaque de queda no Ibovespa

Brookfield obtém lucro recorde e entra para a lista (Germano Lüders)

Brookfield obtém lucro recorde e entra para a lista (Germano Lüders)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2012 às 15h26.

São Paulo – Os papéis da Brookfield (BISA3) estão em queda livre após resultados considerados com ruins pelo mercado. Há pouco, as ações caíam 13%, mas já perderam até 13,44% na mínima do dia, cotadas a 4,25 reais.

A empresa divulgou seus resultados do primeiro trimestre do ano no sábado e revelou uma queda de 94% no lucro líquido, afetado por ajustes em orçamentos de projetos e pelas despesas operacionais. O domingo de descanso não foi suficiente para apaziguar a má notícia e as ações repercutem os números nesta segunda-feira.

Em relatório enviado para clientes, os analistas Guilherme Rocha e Daniel Gasparete, do Credit Suisse, destacaram como principais pontos negativos do balanço um alto nível de cancelamento de contratos, com baixo reconhecimento de receitas dado ao fraco nível de lançamentos no trimestre.

Sem recuperação

Eles chamam atenção também para um rápido ritmo de queima de caixa, que saltou de 131 milhões de reais no final do ano passado para 295 milhões de reais. Com isso, a relação entre a dívida líquida sobre o patrimônio líquido subiu de 76% no final do trimestre passado para 86%.


Classificando o resultado como negativo, eles resumem. “Não há espaço para uma recuperação da ação no curto prazo”. A recomendação para os papéis é “neutra”, com preço-alvo estimado em 7,50 reais.

Mais gente não ficou feliz com os números. “A Brookfield divulgou resultado ruim, abaixo do consenso de mercado e de nossas estimativas”, resumiram os analistas Iago Whately e René Brandt, da Fator Corretora, em outro relatório para clientes.

A Fator ressaltou também o ritmo de consumo de caixa e o aumento da dívida da companhia como principais pontos de preocupação do balanço divulgado.

“Apesar da não termos expectativa de geração de caixa em 2012, em função do crescimento nos lançamentos em 2011, esperávamos redução gradual no consumo de caixa ao longo do ano, uma vez que a companhia tem aumentado consistentemente o volume de entregas nos últimos trimestres e, com isso, deveria reduzir a necessidade de investimento em capital de giro”, explicam. A recomendação para os papéis continua como manutenção, com preço estimado em 8,20 reais para dezembro deste ano.

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