Mercados

Briga pela Estácio faz investidor ganhar com educacionais

O futuro da Estácio ainda é incerto; enquanto isso, valor de mercado da companhia carioca e de outras duas empresas de educação sobem


	Briga: enquanto disputa pela Estácio não chega ao fim, valor de mercado de educacionais sobem na Bolsa
 (Kristin Wall/Creative Commons)

Briga: enquanto disputa pela Estácio não chega ao fim, valor de mercado de educacionais sobem na Bolsa (Kristin Wall/Creative Commons)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 27 de junho de 2016 às 15h18.

São Paulo — Ainda não se sabe qual será o desfecho da novela que envolve as empresas de educação, mas desde o início do mês, quando surgiram rumores de que a Estácio seria comprada pela Kroton, o valor de mercado da companhia carioca aumentou mais de 50%.

Do dia 1°de junho até agora, ele passou de 3,33 bilhões de reais para 5,05 bilhões de reais, segundo levantamento da consultoria Economatica feito a pedido de EXAME.com. No período, os papéis ordinários registraram ganhos de 50%. 

A Kroton, líder mundial no setor de educação, também se valorizou. No início de junho, a companhia valia pouco mais que 17,91 bilhões de reais. Na última sexta-feira, o valor passou para 22,50 bilhões de reais — um aumento de 26%. No mês, as ações ordinárias da empresa valorizaram 23%. 

No mesmo período, a Ser Educacional — que acabou entrando na disputa dias depois da oferta da Kroton — ganhou 10% em valor de mercado, passando de 1,41 para 1,55 bilhão de reais. Desde o começo do mês, os papéis da companhia registraram ganhos de 8,8%. 

O futuro da Estácio ainda é incerto. Se não bastasse o assédio das duas rivais, a família Zaher — que controla 14% das estações da companhia carioca — divulgou hoje, em comunicado ao mercado, que tem interesse em manter a Estácio na Bolsa. Eles estudam lançar uma oferta pública envolvendo um mínimo de 36% do capital da empresa para ter, assim, o controle da companhia. 

Mês agitado

No dia 1° de junho, EXAME noticiou que a Kroton estaria preparando uma oferta pela Estácio. No dia seguinte, a companhia informou publicamente seu interesse pela rival. A operação, segundo a empresa, seria feita somente por ações: cada uma ação da Estácio valeria 0,977 ação ordinária da Kroton.

Não demorou muito para que a Ser Educacional se manifestasse e fizesse sua oferta: o pagamento de 590 milhões de reais em dinheiro pela fusão com a Estácio.

No dia 21 de junho, a Kroton melhorou a proposta. Em carta enviada aos acionistas da Estácio, propôs que cada papel da rede de educação carioca fosse trocada por 1,250 ação ordinária sua.

Nesta segunda-feira (27), a família Zaher informou que planeja uma oferta pública de ações para elevar a participação na Estácio a 51%, um claro sinal de que tentará impedir a venda da companhia. 

//e.infogr.am/js/embed.js?kmJ

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresCogna Educação (ex-Kroton)EconomáticaEmpresasEmpresas abertasFusões e AquisiçõesRecompra de açõesSer EducacionalSetor de educaçãoYduqs / Estácio

Mais de Mercados

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol

JBS anuncia plano de investimento de US$ 2,5 bilhões na Nigéria