Invest

Briga bilionária: Elon Musk perde US$ 7 bilhões em disputa com homem mais rico da América Latina

Após acusação polêmica de Musk, o bilionário mexicano Carlos Slim decidiu encerrar sua parceria com a Starlink

Publicado em 14 de março de 2025 às 08h44.

Um atrito entre Carlos Slim, magnata mexicano dono da América Móvil, e Elon Musk pode ter custado caro.

Em resposta a um tuite onde Musk fez insinuações sobre supostas conexões entre Slim e cartéis de drogas, o homem mais rico da América Latina decidiu romper sua colaboração com a Starlink, companhia de internet via satélite de Elon Musk. Segundo o site Mexico Daily Post, o impacto disso é um prejuízo estimado de US$ 7 bilhões para a empresa de Musk, em receita antecipada.

A insinuação de Musk foi interpretada como uma grave ofensa à reputação do magnata mexicano. Além de ser uma ofensa pessoal, a acusação de Musk foi ainda mais controversa porque envolvia o fato de Slim ser um dos principais acionistas do The New York Times, com 16,8% das ações do maior jornal do mundo.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, saiu em defesa do bilionário mexicano, chamando a acusação de "mentirosa" e esclarecendo que não havia qualquer investigação sobre Slim ou suas empresas envolvendo narcotráfico. Sheinbaum ainda afirmou que o governo mexicano não permitiria que o país fosse associado ao crime organizado.

O impacto dessa ruptura foi significativo. A América Móvil, que até então utilizava os serviços da Starlink para oferecer internet e telecomunicações móveis em diversos países da América Latina, viu seus serviços afetados. Por outro lado, o prejuízo para Musk foi bilionário, não apenas pela perda de um parceiro importante, mas também pelo enfraquecimento de sua presença no mercado latino-americano em um momento em que ele busca expandir a influência da Starlink.

Após o rompimento com a Starlink, a América Móvil anunciou um investimento de US$ 22 bilhões nos próximos três anos para fortalecer sua infraestrutura própria e reduzir a dependência de parcerias externas. A decisão de Slim reflete um movimento estratégico para solidificar sua posição no mercado de telecomunicações da região, em uma tentativa de competir de forma mais autônoma com empresas como a Starlink.

Slim, o homem mais rico da América Latina, com uma fortuna estimada em quase US$ 80 bilhões segundo a Forbes, é um dos principais controladores da América Móvil, a maior operadora de telecomunicações móveis da região. No Brasil, a América Móvil controla marcas como a Claro e a Embratel, além de ter participação majoritária no Grupo Carso, um dos maiores conglomerados da América Latina.

Acompanhe tudo sobre:Elon MuskTeslaCarlos SlimAmérica MóvilClaro

Mais de Invest

Wall Street renova recordes pelo segundo dia seguido com expectativa de mais cortes de juros nos EUA

Receita Federal abre quinto lote de restituição do IR; veja quem recebe

Inter leva finanças para estádio de futebol: o 'gol' é aumentar sua base de investidores

Mega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 40 milhões; veja como participar