Mercados

BRF cai 2,2%; Vale procura presidente…

Bolsa: -3,16% na semana O Ibovespa operou instável nesta sexta-feira e entre idas e vindas fechou o dia em alta de 0,14%. O pregão foi movimentado pelas notícias boas no IPCA, que caiu 0,33%, aumentando as expectativas de queda de 1 ponto percentual na Selic na próxima reunião do Copom. Diante das notícias, os papéis […]

BRF: Ministério da Agricultura divulgou lista de países e blocos que compraram de alvos da Carne Fraca nos últimos 60 dias / Germano Luders/Exame (Germano Luders/Exame)

BRF: Ministério da Agricultura divulgou lista de países e blocos que compraram de alvos da Carne Fraca nos últimos 60 dias / Germano Luders/Exame (Germano Luders/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2017 às 18h33.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h21.

Bolsa: -3,16% na semana

O Ibovespa operou instável nesta sexta-feira e entre idas e vindas fechou o dia em alta de 0,14%. O pregão foi movimentado pelas notícias boas no IPCA, que caiu 0,33%, aumentando as expectativas de queda de 1 ponto percentual na Selic na próxima reunião do Copom. Diante das notícias, os papéis que mais se beneficiam da baixa e juros fecharam em forte alta. Destaque para a concessionária Ecorodovias, que subiu 6,05%, maior alta do dia no Ibovespa. A logística Rumo, a locadora de automóveis Localiza e a concessionária CCR também tiveram fortes altas, de 4,4%, 5,3% e 4%, respectivamente. O dólar fechou em queda de 1,6%, ficando em 3,14 reais.

_

As quedas

As ações de commodities tiveram queda no pregão de hoje e ajudaram a trazer para baixo o Ibovespa. As ações da Petrobras caíram 1,31% nos papéis preferenciais e 0,14% nos ordinários, diante da queda de 1,51% nos contratos futuros de petróleo do tipo Brent. A metalúrgica Gerdau, que trabalha com minério de ferro, também perdeu 2,5% com a desvalorização das commodities.

_

BRF na pior

As ações do frigorífico BRF recuaram 2,2% no pregão, um dia após o vice-presidente de finanças da companhia, José Carneiro Borges, renunciar ao cargo. O vice-presidente de inovação, marketing e qualidade, Rodrigo Reghini Vieira, também renunciou – e a companhia não divulgou os motivos dos afastamentos. A agência de classificação de riscos Standard & Poor’s também havia reduzido para negativa a nota da empresa, alertando para a volatilidade do câmbio e do preço de grãos no Brasil. Até o final do mês, a BRF deve divulgar a um projeto de novo modelo de gestão.

_

Inflação continua em queda

O IPCA, principal medidor da inflação no país, foi de 0,33% em fevereiro, informou o IBGE. É a menor taxa para o período desde 2000, quando o crescimento foi de 0,13%. O resultado de fevereiro mostra uma queda em relação a janeiro, quando o IPCA subiu 0,38%, e traz a inflação para bem perto do centro da meta inflacionária do governo, de 4,5%. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação ficou em 4,76%. Uma redução da meta inflacionária pode acontecer na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) em junho, quando o CMN se reúne para ratificar a meta de 2018 e discutir a de 2019. Dos 9 grupos pesquisados, a maior queda, 0,11%, da inflação foi apresentada no setor de Alimentação e Bebidas, que tem o maior peso na composição do índice.

_

Vale em busca

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, a mineradora Vale informou que contratou a empresa de seleção de executivos Spencer Stuart para ajudar no processo de busca do sucessor de Murilo Ferreira, atual presidente da companhia. A Vale já havia informado, no final de fevereiro, que Ferreira não seria renovado no cargo quando seu contrato vencesse, em maio. Segundo a Vale informou, a Spencer Stuart apresentará uma lista de nomes em potencial até o final do mês de maio. Também nas notícias sobre a companhia, os preços do minério de ferro caíram 0,08% na China e fecharam a semana com a maior queda acumulada das últimas cinco semanas, em meio a uma desaceleração no mercado de aço e a elevados estoques da matéria-prima nos portos chineses. As ações ordinárias da Vale caíram 1,76% e as preferenciais, 2,2%.

_

Calotes no BNDES

Com a crise financeira, os calotes em financiamentos do BNDES aumentaram em 2016. Segundo balanço do banco, 2,81% da carteira de crédito está inadimplente há 30 dias e 2,43% está sem pagar há mais de 90 dias. Em 2015, os percentuais de não pagadores nas mesmas faixas temporais foi de 0,06% e 0,02%, respectivamente, da carteira de crédito. Diante da inadimplência e piora na classificação dos riscos das empresas, o BNDES teve de aumentar seis vezes as provisões para risco de crédito, que foram de 9,1 bilhões de reais no final do ano passado.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Mercados

Banco do Brasil tem lucro de R$ 9,5 bilhões no 3º tri, alta de 8%

Nubank supera consenso, com lucro de US$ 553 milhões no terceiro trimestre

Estrangeiros tiram mais de R$ 1 bi da B3 desde vitória de Donald Trump

Por que o guru dos mercados emergentes está otimista com novo governo Trump