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Braskem e Unipar confirmam possível negociação de ativos — a Petrobras não gostou, diz jornal

Confirmações surgem em meio a rumores de que a Braskem estaria negociando ativos no exterior

Braskem: proposta da Adnoc deixou investidores com a pulga atrás da orelha na semana passada (Luke Sharrett/Bloomberg)

Braskem: proposta da Adnoc deixou investidores com a pulga atrás da orelha na semana passada (Luke Sharrett/Bloomberg)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 8 de agosto de 2025 às 16h12.

Última atualização em 8 de agosto de 2025 às 16h26.

No centro de rumores sobre uma possível venda de seus ativos nos Estados Unidos, a Braskem (BRKM5) confirmou nesta sexta-feira, 8, ter iniciado conversas com a Unipar (UNIP6) sobre "potenciais oportunidades envolvendo ativos e/ou participações societárias da companhia e de suas subsidiárias".

"Até esta data, não há definição sobre os ativos e/ou participações societárias que poderão fazer parte de uma potencial transação e não foi celebrado entre as partes nenhum acordo, vinculante ou não, com exceção de um acordo de confidencialidade", diz o fato relevante ao mercado. Nenhuma transação vai ocorrer sem aprovação de órgãos de governança competentes, garante a Braskem, ressaltando termos do Estatuto Social da companhia e seu acordo de acionistas.

No texto, a companhia admite que, diante de desafios estruturais da indústria petroquímica global, tem avaliado "diferentes iniciativas operacionais e estratégicas voltadas para a criação de valor, com foco na maximização de Ebitda e geração de caixa".

Horas depois, foi a vez da Unipar Carbocloro também se manifestar. Informou ter assinado um acordo de confidencialidade com a Braskem, no mês passado, para que as empresas pudessem avaliar a possibilidade de uma eventual transação.

"Até o presente momento, não há definição sobre os ativos e ou participações societárias que poderão fazer parte da transação, tampouco foram celebrados quaisquer documentos vinculantes relacionados à transação, exceto pelo acordo de confidencialidade", esclarece a empresa.

Apuração do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, diz que a Petrobras (PETR3;PETR4) pode ser um entrave à venda de ativos da Braskem nos Estados Unidos. Acionista com 47% do capital votante da petroquímica, a estatal teria dado um recado à Novonor (dona de 50,1%) da Braskem, que nenhuma venda de ativos pode ser feita sem o seu aval.

De acordo com a coluna, a CEO da Petrobras, Magda Chambriard, teria ficado irritada com a transação. Na coletiva de imprensa sobre os resultados da Petrobras no segundo trimestre, os jornalistas trouxeram o tema, mas a companhia se esquivou, dizendo apenas que está avaliando as propostas para fazer uma manifestação.

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