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Brasileiros são acusados de insider trading no Burger King

Promotores acusaram um ex-operador do Wells Fargo e um profissional do mercado financeiro por informações privilegiadas antes da operação de compra em 2010


	Lanchonete da rede Burger King: Waldyr da Silva Prado Neto alegou que soube por um cliente que a empresa de private equity 3G Capital Partners planejava comprar a rede
 (Anne-Christine Poujoulat/AFP)

Lanchonete da rede Burger King: Waldyr da Silva Prado Neto alegou que soube por um cliente que a empresa de private equity 3G Capital Partners planejava comprar a rede (Anne-Christine Poujoulat/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 21h09.

Nova York - Promotores norte-americanos acusaram ​​criminalmente um ex-operador do Wells Fargo e um profissional do mercado financeiro por informações privilegiadas com ativos do Burger King antes da operação de compra da rede de fast-food em 2010.

Waldyr da Silva Prado Neto, que trabalhava para o Wells Fargo Advisors, alegou que soube por um cliente que a empresa de private equity 3G Capital Partners planejava comprar o Burger King, e passou a notícia para Igor Cornelsen, profissional do mercado financeiro e seu colega brasileiro.

Os promotores disseram que o cliente não-identificado era um investidor em um fundo da 3G, que muitas vezes compartilhou informações financeiras confidenciais com Prado no entendimento de que seriam mantidas em sigilo.

Em vez disso, os investigadores disseram que os réus se comunicavam em português sobre uma possível compra.

Eles disseram que isso incluiu uma troca de e-mails em 18 de agosto de 2010, em que Cornelsen perguntou: "o negócio do sanduíche vai acontecer", levando Prado responder: "vai acontecer".

A compra de aproximadamente 3,26 bilhões de dólares foi anunciada duas semanas mais tarde, avaliando o Burger King em 24 dólares por ação, 46 por cento acima do que era negociada antes dos rumores de aquisição virem à tona. Os promotores disseram que Cornelsen e Prado operaram ações do Burguer King ilegalmente, com um lucro de 1,68 milhão dólares e 175 mil dólares, respectivamente.

Prado, 43 anos, mora em Porto Seguro, e Cornelsen, 65, em São Paulo. Nenhum deles foi preso.

Cada um foi acusado por fraude de valores mobiliários, fraude em conexão com a oferta pública de aquisição e formação de quadrilha. Eles podem pegar até 20 anos de prisão por cada acusação de fraude.

James Benjamin, um advogado representa Cornelsen, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Prado não pôde ser contatado e não está claro se ele tem um advogado. A 3G não foi acusada.

A SEC e outros reguladores também estão examinando se houve abuso de informação privilegiada antes da aquisição, em fevereiro passado, da fabricante de ketchup Heinz pela 3G e Warren Buffett, da Berkshire Hathaway.

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