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Brasil Foods despenca antes de decisão do Cade sobre fusão

A queda aparece em meio a receios de que o Cade imponha restrições para aprovar a aquisição da Sadia SA

A ação está em queda por seis pregões, o mais longo período de baixa desde julho de 2010 (EXAME)

A ação está em queda por seis pregões, o mais longo período de baixa desde julho de 2010 (EXAME)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 16h37.

São Paulo - A BRF - Brasil Foods SA, maior exportadora mundial de frango, caiu para o menor nível em seis meses e está liderando as perdas no Ibovespa em meio aos receios de que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica irá impor restrições para aprovar a aquisição da Sadia SA.

A Brasil Foods estava em queda de 6,3 por cento, para R$ 26,15 às 15:51 em São Paulo, a mais baixa cotação desde 16 de dezembro. A ação chegou a cair 7,7 por cento. Os papéis estão em queda há seis pregões, o mais longo período de baixa desde o final de julho de 2010.

O relator do Cade, Carlos Ragazzo, disse hoje na sessão que julga o caso, que a operação que une Perdigão SA Comércio e Indústria e Sadia SA, caso aprovada, “prejudicará o consumidor”.

“Raramente se vê nas analises antitruste uma operação em que a probabilidade de danos ao mercado e aos consumidores se mostre tão evidente”, disse Ragazzo hoje ao expor seu relatório aos representantes do Cade antes do início da votação sobre a transação. “A aprovação desse ato tem condição de causar aumento de preço e danos extremos aos consumidores.”

O Cade iniciou hoje a votação sobre a compra por US$ 3,81 bilhões da Sadia pela Brasil Foods, antes conhecida como Perdigão.
“Há preocupação de que a Brasil Foods seja forçada a vender ou licenciar marcas”, disse Max Bueno, analista da Spinelli Corretora, em uma entrevista por telefone de São Paulo hoje. Ele tem recomendação de “manutenção” para a ação.

A transação que criou a Brasil Foods, em julho de 2009, é a segunda maior entre 166 acordos do setor no mundo todo desde aquele ano, num total de US$ 24,2 bilhões, segundo dados da Bloomberg. A compra da Bertin SA pelo frigorífico JBS SA, em setembro de 2009, totalizou US$ 6,31 bilhões e foi o maior negócio, mostram os dados.

O Cade hoje de manhã rejeitou uma proposta para adiar o julgamento.

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