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Bradesco: lucro do 2º trimestre cresce 28%, para R$ 6,1 bilhões

Banco revisou projeções de crescimento de receita com prestação de serviços e de resultados com previdência, seguros e capitalização

Agência Bradesco na Avenida Paulista, em São Paulo. (Eduardo Frazão/Exame)

Agência Bradesco na Avenida Paulista, em São Paulo. (Eduardo Frazão/Exame)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 30 de julho de 2025 às 18h12.

Última atualização em 30 de julho de 2025 às 19h05.

O Bradesco (BBDC4) apresentou lucro líquido recorrente de R$ 6,1 bilhões no segundo trimestre de 2025. A cifra veio levemente acima do consenso, que projetava a linha final do balanço em R$ 6 bilhões. O resultado é 28,6% maior que o registrado um ano antes.

A receita do trimestre foi de R$ 34 bilhões, com crescimento anual de 15,1%. O número inclui a margem financeira (receita com juros) de R$ 18 bilhões, que avançou 15,8% - do total, R$ 17,8 bilhões veio de margem com clientes. O banco nota que houve um "forte crescimento em todas a linhas: margem financeira total [clientes e mercado], receitas com serviços e seguros".

A margem financeira líquida ficou em R$ 9,902 bilhões, com alta anual de 19,4%.

O retorno sobre patrimônio líquido (ROAE) do banco veio em 14,6%. Houve um ligeiro acréscimo em relação ao resultado do final de março, quando o indicador estava em 14,4%. Um ano antes, o ROAE do Bradesco estava em 10,8%.

A carteira de crédito expandida do Bradesco cresceu pouco mais de 1% em relação ao primeiro trimestre, mas o avanço foi de dois dígitos (13%) em bases anuais, para R$ 1,02 trilhão. A participação de crédito com garantia chegou a 58,5% da carteira.

O custo do crédito, segundo o Bradesco, cresceu 11,7% ano a ano, para R$ 8,1 bilhões. A despesa com provisões para perdas esperadas cresceu 9,1%, para R$ 8,937 bilhões.

O índice de inadimplência da companhia sobre atrasos com mais de 90 dias ficou estável na comparação com o final de março, em 4,1%.

As despesas operacionais do Bradesco tiveram um aumento de 10% na comparação anual, para R$ 15,9 bilhões. Segundo o banco, isso reflete os investimentos feitos no banco e em coligadas. "Se desconsiderarmos o impacto de Cielo e Elopar, as despesas teriam crescido 5,8", diz o comunicado que acompanha o balanço.

Conforme o esperado pelos analistas, o banco revisou o guidance para 2025, em duas linhas. Agora o banco prevê um aumento entre 5% e 9% na receita de prestação de serviços em 2025. Antes, essa faixa estava entre 4% e 8%. Essas receitas cresceram 10,6% entre abril e junho deste ano, para R$ 10,3 bilhões.

Também mudaram as projeções para os resultados de seguros, previdência e capitalização, que passou a ser de crescimento entre 9% e 13% (ante o intervalo de 6% a 10%). Essa foi uma linha do balanço que cresceu 21,7% no segundo trimestre, movimentando R$ 5,65 bilhões. No mês passado, o bom desempenho dessa frente do Bradesco rendeu ao banco um upgrade do Itaú BBA.

O Bradesco, que ficou por um bom tempo na lanterna das preferências do sell sidevirou top pick de diversas casas.

"Nosso guidance continua a considerar cautela na originação de crédito. Avançaremos passo a passo, em processo gradual e seguro, com controle de risco de crédito", sinaliza instituição. Foi o segundo "bancão" a reportar resultados na atual temporada de balanços. O primeiro foi o Satander Brasil (SANB11), que também soltou resultados nesta quarta-feira, 30, com números que vieram abaixo das expectativas.

O próximo a divulgar resultados será o Itaú (ITUB4), no dia 5 de agosto, após o fechamento do mercado. Por último, o Banco do Brasil (BBAS3), no dia 14.

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