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Bovespa volta a cair por expectativa frustrada com Fed

O principal índice da Bolsa terminou o dia com recuo de 0,25%, aos 53.569,14 pontos

Bovespa: no mês, o índice acumula queda de 1,44% e, no ano, baixa de 5,61% (Germano Lüders/EXAME)

Bovespa: no mês, o índice acumula queda de 1,44% e, no ano, baixa de 5,61% (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2012 às 17h52.

São Paulo - A ata do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) frustrou a expectativa dos investidores por não indicar quando e se vai adotar o tão esperado QE3 - afrouxamento quantitativo. Com isso, a Bovespa acompanhou a performance de seus pares em Nova York e acentuou a queda no momento da divulgação. Perto do fechamento, no entanto, as bolsas por lá e aqui desaceleraram o ritmo, mas não o suficiente para puxar o Ibovespa para o campo positivo. O declínio no índice paulista só não foi maior porque as ações da Petrobras subiram quase 1% nesta quarta-feira.

O principal índice da Bolsa terminou o dia com recuo de 0,25%, aos 53.569,14 pontos. A mínima, de 53.233 pontos (-0,88%), foi atingida durante a divulgação da ata do Fed. A máxima foi de 54.135 pontos (+0,80%), durante a manhã. No mês, o índice acumula queda de 1,44% e, no ano, baixa de 5,61%. O giro financeiro ficou em R$ 5,803 bilhões. Os dados são preliminares.

O documento do BC norte-americano sinalizou várias possibilidades em que a autoridade poderá adotar medidas de incentivo, mas a questão é que os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) condicionaram qualquer tipo de ajuda à divulgação de dados econômicos ruins do país. Ou seja, por enquanto nada de novo irá acontecer.

Para o sócio-diretor da corretora Título, Marcio Cardoso, "o mercado não precisa de liquidez, precisa de credibilidade. O investidor tem que acreditar que vai dar certo (as medidas adotadas na Europa e nos EUA), enquanto o investidor não enxergar luz no fim do túnel, nada vai mudar".


Por aqui, as ações ON da Petrobras terminaram com ganho de 0,74% e as PN subiram 0,82%, devolvendo parte das perdas da véspera, que foi considerada exagerada por alguns profissionais, e também seguindo o mercado internacional. Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento em agosto encerrou com valorização de 2,26%, a US$ 85,81 o barril.

Já os papéis da Vale finalizaram em queda (ON -0,10% e PNA -0,56%).

Entre os bancos, Bradesco caiu 0,17%, Itaú Unibanco ganhou 0,43%, units de Santander avançou 0,43% e Banco do Brasil perdeu 1,69%. Mais cedo, a agência de classificação de risco S&P elevou os ratings de curto prazo de oito bancos brasileiros, entre eles os mencionados.

Em Nova York, o índice Dow Jones cedeu 0,38%, o S&P 500 ficou estável (-0,00%) e o Nasdaq perdeu 0,49%.

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