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Bovespa tem ligeira alta após 5 quedas, cautela permanece

O mercado brasileiro vinha sofrendo com as quedas recentes em decorrência principalmente da baixa das commodities

BMF&Bovespa subiu 3,66 por cento, para 13,58 reais, após o Goldman Sachs incluir o papel em sua lista de "compra" (Germano Luders/EXAME.com)

BMF&Bovespa subiu 3,66 por cento, para 13,58 reais, após o Goldman Sachs incluir o papel em sua lista de "compra" (Germano Luders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2010 às 18h44.

São Paulo - A bolsa paulista subiu após cinco pregões em queda, ajudada por um dia positivo no setor imobiliário, sem mais notícias negativas de peso no exterior, mas ainda permeado por dúvidas sobre a crise da Irlanda e eventuais medidas de inflação na China.

O mercado brasileiro vinha sofrendo com as quedas recentes em decorrência principalmente da baixa das commodities, o que afeta os principais papéis domésticos.

O Ibovespa, principal índice acionário doméstico, fechou em alta de 0,75 por cento, aos 69.708 pontos. Nas cinco sessões anteriores o índice caiu 4,7 por cento. O giro financeiro da sessão ficou em 4,93 bilhões de reais.

"Como caiu muito forte nos últimos dias, hoje foi um dia de ajuste. Hoje não tivemos nada ruim, mas faltam notícias boas, assim o mal estar pelo que já acontece permanece", disse o analista Pedro Galdi, da corretora SLW.

Além de acompanhar notícias das negociações que podem resultar em um pacote de ajuda do FMI e da União Europeia à Irlanda, o investidor seguiu de olho na China, que pode adotar medidas para conter inflação. O mercado brasileiro tende a ser mais impactado pela China, grande importadora de commodities, cujas cotações influenciam grandes empresas domésticas.

Nos Estados Unidos, os principais índices rondavam a estabilidade, com a recuperação contida pelo clima de cautela envolvendo Irlanda e China. Dados mistos sobre construção de novas moradias e núcleo da inflação ao consumidor não chegaram a animar o mercado.

No Ibovespa, as ações preferenciais da Petrobras terminaram em alta de 0,2 por cento, para 25,45 reais. As preferenciais da Vale subiram 0,12 por cento, para 48,31 reais.

O setor imobiliário foi o destaque positivo. A maior alta da sessão ficou por conta da MRV, que subiu 4,97 por cento, para 16,68 reais, enquanto Brookfield ganhou 3,65 por cento, para 8,80 reais.A PDG, em alta de 1,74 por cento, para 10,53 reais, divulgou balanço do terceiro trimestre antes da abertura, avaliado como "sólido" por analistas.

Gafisa, que também apresentou seu resultado trimestral antes da abertura, avançou 1,08 por cento, para 13,07 reais.

BMF&Bovespa subiu 3,66 por cento, para 13,58 reais, após o Goldman Sachs incluir o papel em sua lista de "compra", devido ao fraco desempenho recente da ação.

Na outra ponta, Marfrig, que apresentou na noite da véspera um prejuízo no trimestre devido a despesas financeiras, recuou 2,69 por cento, para 13.77 reais.

"(Houve) pressão na margem e geração de caixa substancialmente negativa, resultado fraco no geral", afirmou o Citi em relatório.

O setor bancário também amenizou os ganhos do índice. Após ter sua recomendação reduzida pelo UBS, o Banco do Brasil recuou 0,29 por cento, a 33,80 reais.

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