Bovespa: "Foram divulgados vários balanços que estão refletindo nas ações, mas a direção da bolsa é sem dúvida da Petrobras" (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2016 às 12h12.
São Paulo - A Bovespa buscava sustentar seu principal índice no azul nesta sexta-feira, marcada por nova bateria de resultados corporativos, incluindo os números da Petrobras, enquanto o cenário externo mostrava-se indefinido.
Às 11:31, o Ibovespa subia 0,4 por cento, a 58.530 pontos.O volume financeiro da sessão somava 2,1 bilhões de reais.
"Foram divulgados vários balanços que estão refletindo nas ações, mas a direção da bolsa é sem dúvida da Petrobras, tanto pelo efeito no índice como no volume negociado", destacou o gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management.
No exterior, o petróleo sustentava-se no azul, apoiado na debilidade do dólar, mas os principais índices acionários em Wall Street mostravam fraqueza após baterem marcas históricas, com dados econômicos fracos na pauta.
Destaques
- PETROBRAS tinha as preferenciais em alta de 1,32 por cento e as ordinárias subindo 2,85 por cento, com o desempenho operacional do segundo trimestre descontado itens não recorrentes agradando, além da desalavancagem e geração de caixa. A alta do petróleo endossava os ganhos.
- LOJAS AMERICANAS avançava 3,39 por cento, em meio à repercussão positiva dos números do segundo trimestre, com destaque para o crescimento das margens.
- BANCO DO BRASIL valorizava-se 2,72 por cento, tendo no radar perspectivas de melhora no comportamento das provisões nos próximos trimestres na comparação com a primeira metade do ano e recuperação de crédito. No setor, ITAÚ UNIBANCO subia 0,70 por cento.
- BM&FBOVESPA subia 0,21 por cento, mesmo após prejuízo de 114,4 milhões de reais no segundo trimestre, que foi impactado pelo efeito de variações cambiais envolvendo a venda de participação acionária da companhia no CME Group. O foco segue na integração com a Cetip.
- KROTON EDUCACIONAL subia 1,31 por cento, ajudada pelo balanço do segundo trimestre, que mostrou alta de quase 25 por cento no lucro, para 519,4 milhões de reais.
- BR MALLS perdia 4,70 por cento, maior baixa do Ibovespa, após reportar queda 53,8 por cento no lucro do segundo trimestre contra um ano antes, afetado por descontos maiores a lojistas e de menores vendas nas lojas de seus shopping centers.
- CCR cedia 1,50 por cento. O lucro líquido da concessionária caiu 20,7 por cento no segundo trimestre sobre um ano antes, refletindo queda no tráfego das suas rodovias e maior custo de serviço da dívida.
- MRV recuava 2,12 por cento, também tendo no radar o balanço do segundo trimestre, quando a construtora e incorporadora teve queda de cerca de 14 por cento no lucro, além de expectativa de que pode elevar em até 56 por cento a venda de unidades por mês no médio prazo.
- ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES tinha variação positiva de 0,16 por cento, conforme analistas minimizavam o prejuízo líquido trimestral de 19,9 milhões de reais, influenciado por ajuste contábil.
- GOL, que não está no Ibovespa, saltava 4,67 por cento, tendo no radar números de tráfego de julho, com declínio ao redor de 8 por cento na demanda e na oferta de assentos no sistema total, enquanto a taxa de ocupação permaneceu em cerca de 83 por cento.
Texto atualizado às 12h11