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Bovespa tem leve alta com incerteza política e reunião do Fed

Embora a decisão do PSDB seja favorável a Temer, a crise que atinge o Planalto está longe de terminar

B3: a expectativa é que o Fed suba os juros na decisão de quarta-feira (Arthur Nobre/Divulgação)

B3: a expectativa é que o Fed suba os juros na decisão de quarta-feira (Arthur Nobre/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 13 de junho de 2017 às 18h41.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em leve alta nesta terça-feira, após trocar de sinal algumas vezes ao longo do dia, buscando uma recuperação após cair nos três pregões anteriores, mas com investidores ainda evitando grandes apostas diante do cenário político local e um dia antes da decisão do Federal Reserve sobre juros nos Estados Unidos.

O Ibovespa subiu 0,21 por cento, a 61.828 pontos. Apesar da troca de sinal ao longo do dia, as variações foram contidas para os dois lados, com o índice subindo 0,51 por cento na máxima e recuando 0,31 por cento na mínima da sessão. O giro financeiro foi de 6,07 bilhões de reais.

No quadro político, o PSDB decidiu na véspera que seguirá no governo do presidente Michel Temer, mas que pode rever a posição diante do surgimento de fatos novos.

Nesta terça-feira, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que a decisão do PSDB foi uma atitude "importante" e sustentou que o partido é "fundamental" para as reformas trabalhista e previdenciária.

Embora a decisão do PSDB seja favorável a Temer, a crise que atinge o Planalto está longe de terminar.

Na véspera, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu prorrogar por mais cinco dias o prazo para que a Polícia Federal conclua o inquérito contra Temer, investigado pelos crimes de obstrução de Justiça, organização criminosa e corrupção passiva

A espera pelo banco central norte-americano também ajudou o tom de cautela no mercado local. A expectativa é que o Fed suba os juros na decisão de quarta-feira, e os investidores aguardam o comunicado do banco central, em busca de sinalizações sobre o ritmo de novos aumentos.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,23 por cento, recuperando o fôlego no fim do dia após quase anular os ganhos mais cedo, na esteira de reportagem do Valor PRO, informando que a Lava Jato foi procurada por bancos interessados sobre o funcionamento de acordos de leniência. Já BRADESCO PN não conseguiu retomar os ganhos e fechou em baixa de 0,8 por cento, após ter subido 1,18 por cento no melhor momento do dia.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA avançou 2,17 por cento, enquanto KLABIN UNIT teve alta de 2,33 por cento e FIBRIA ON ganhou 0,38 por cento. Além dos aumentos recentes nos preços da celulose, investidores tinham ainda no radar a notícia do jornal Valor Econômico de que Suzano e Fibria avaliam fazer ofertas pela Eldorado, controlada pelo grupo J&F.

- EMBRAER ON teve ganhos de 1,41 por cento. Como pano de fundo estava a notícia de que a empresa espera assinar em cerca de três meses um contrato para venda de aviões KC-390 com o governo português.

- PETROBRAS PN subiu 0,31 por cento e PETROBRAS ON avançou 0,65 por cento, revertendo as perdas vistas mais cedo, conforme os preços do petróleo no mercado internacional também firmaram-se no azul.

- RUMO ON subiu 2,07 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa, após cair nos três pregões anteriores, período em que acumulou perdas de 3,61 por cento.

- VALE PNA caiu 1,86 por cento e VALE ON recuou 1,75 por cento, engatando o segundo pregão negativo seguido, em meio à queda dos contratos futuros do minério de ferro na China. Os papéis PNA da mineradora acumularam perdas de 3,77 por cento nos dois pregões.

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