Mercados

Bovespa tem 3a alta seguida, com construtoras e exterior

O Ibovespa fechou em alta de 1,4 por cento, a 55.346 pontos

Bovespa: o giro financeiro do pregão foi de 5,4 bilhões de reais (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

Bovespa: o giro financeiro do pregão foi de 5,4 bilhões de reais (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 18h04.

São Paulo - O principal índice de ações da Bovespa teve a terceira alta seguida nesta quinta-feira, acompanhando o bom humor dos mercados internacionais e impulsionado pelo avanço das ações do setor de construção.

O Ibovespa fechou em alta de 1,4 por cento, a 55.346 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,4 bilhões de reais.

Investidores mostraram maior apetite a risco diante de resultados corporativos melhores que o esperado na Europa e nos Estados Unidos, que ajudaram a ofuscar dados negativos do mercado de trabalho norte-americano.

"Diferente do que vimos de 2008 para 2009, quando a crise afetou diretamente o resultado das empresas, dessa vez a incerteza global parece estar afetando menos as companhias", disse o analista João Pedro Brugger, que ajuda a gerir 220 milhões de reais na Leme Investimentos, em Florianópolis.

Em Wall Street, o Dow Jones subiu 0,27 por cento. Mais cedo, o principal índice das ações europeias fechou em alta de 1,02 por cento.

O mercado também repercutiu a sinalização de que o ciclo de queda da taxa de juros no Brasil ainda não terminou, segundo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgada nesta quinta-feira.

"Essa perspectiva de juro mais baixo ajudou a impulsionar as construtoras, com a expectativa de que o crédito mais barato beneficie as vendas de imóveis", disse Ariovaldo Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor em São Paulo.


Rossi Residencial disparou 9,14 por cento, a 4,30 reais, e foi a maior alta do Ibovespa. Gafisa avançou 6,56 por cento, PDG Realty subiu 4,89 por cento, e MRV teve alta de 4,36 por cento.

Dentre as blue chips, a preferencial da Petrobras teve alta de 1,5 por cento, a 19,62 reais, enquanto a da Vale teve leve queda de 0,08 por cento, a 38,57 reais. OGX subiu 0,53 por cento, a 5,70 reais.

A operadora de telefonia móvel TIM Participações liderou as perdas do Ibovespa, ao despencar 8,77 por cento, a 8,63 reais.

A forte venda do papel na sessão ocorreu um dia após a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ter anunciado a suspensão das vendas de serviços da TIM em 18 Estados brasileiros e no Distrito Federal.

Já as ações preferenciais da Oi subiram 4,14 por cento, a 9,55 reais, apesar de a companhia também ter sido punida pela Anatel com a suspensão de vendas em cinco Estados.

"Oi se saiu relativamente bem, já que foi proibida de vender só em Estados menores", avaliaram os analistas do BTG Pactual em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira.

Vivo teve queda de 1,56 por cento, a 47,95 reais. A operadora ficou fora da suspensão da Anatel, mas também terá que apresentar um plano de investimentos em até 30 dias.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

O que explica a valorização de US$ 350 bi da Tesla? 'Espíritos animais', citam analistas

No pior ano desde 2020, funcionários da Starbucks receberão apenas 60% do bônus

Pacote fiscal, formação do Governo Trump e prévia do PIB americano: os assuntos que movem o mercado

ETF da Argentina bate recorde de investimentos e mostra otimismo de Wall Street com Milei