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Bovespa tem 102 mil investindo em fundos imobiliários

Número de fundos registrados para negociação de cotas em bolsa também cresceu, para 100, segundo a BM&FBovespa


	Imóveis em São Paulo: em dois anos, de janeiro de 2011 para cá, o número de fundos imobiliários na bolsa dobrou (Germano Lüders/EXAME)

Imóveis em São Paulo: em dois anos, de janeiro de 2011 para cá, o número de fundos imobiliários na bolsa dobrou (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 15h19.

São Paulo - O número de investidores em fundos imobiliários fechou março em 102.691 , 4.740 mais que os 97.951 de fevereiro, informou a BM&FBovespa em seu balanço mensal. O número de fundos registrados para negociação de cotas em bolsa também cresceu, para 100, 30 a mais do que os 70 de março do ano passado e seis a mais do que os 94 de dezembro, segundo a BM&FBovespa. O crescimento deste ano se concentrou todo em março deste ano, com a entrada dos seis novos participantes.

Em dois anos, de janeiro de 2011 para cá, o número de fundos imobiliários na bolsa dobrou.

O volume financeiro de cotas negociadas aumentou para R$ 763 milhões, comparado a R$ 739 milhões em fevereiro, com 87.735 negócios, para 68.122 negócios no mês anterior.

Os números mostram um signficativo aumento das operações com fundos imobiliários no mercado, o que é fundamental para o desenvolvimento desse tipo de aplicação, já que não é possível resgatar os valores aplicados. É preciso vender as cotas para outro investidor, como se fossem ações.

O crescimento dos fundos imobiliários mostra o interesse das pessoas físicas por esse tipo de aplicação, especialmente pela isenção de imposto de renda no pagamento dos rendimentos. Na venda das cotas, há imposto sobre ganho de capital, de 20%. (*)

O interesse pelos fundos imobiliários supera o demonstrado pelas ações, como mostra o crescimento bem mais modesto dos investidores nos papéis de empresas. O total de investidores registrados no mercado de ações da bolsa fechou março com 587.797, 1.586 mais que os 586.211 de fevereiro, um crescimento bem menor que o das carteiras imobiliárias.

O aumento dos negócios não significa, porém, que está ficando mais fácil negociar cotas de fundos imobiliários. Isso porque parte do giro maior deve-se à entrada de novas carteiras. Por isso, é importante que o investidor tenha a noção de que os fundos imobiliários devem ser vistos como opções de longo prazo, que podem exigir um pouco mais de paciência para se obter o valor aplicado de volta dependendo das condições do mercado.

Gávea entra no mercado

Hoje, a Gávea Investimentos, do ex-Banco Central Armínio Fraga, estreou no mercado de fundos imobiliários com uma carteira de R$ 200 milhões, e que deverá comprar cotas de outros fundos imobiliários e papéis relacionados ao setor, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e letras hipotecárias (LHs). O valor da aplicação mínima é de R$ 100 mil.

(*) Corrige versão anterior que citava alíquota de 15%.

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