Mercados

Bovespa sobe, mas segue abaixo dos 66 mil pontos

O Ibovespa encerrou o dia com leve alta de 0,19%, aos 65.942,73 pontos, mas na semana teve desvalorização de 0,39%

Ainda que em horário reduzido, as bolsas em Nova York reabrem nesta sexta-feira, voltando a ser referência para os negócios da bolsa brasileira (Germano Lüders/EXAME)

Ainda que em horário reduzido, as bolsas em Nova York reabrem nesta sexta-feira, voltando a ser referência para os negócios da bolsa brasileira (Germano Lüders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2012 às 17h38.

São Paulo - Depois de uma semana curta em que prevaleceu o sinal de baixa, a Bovespa, finalmente, conseguiu fechar a sexta-feira no azul, mas não recuperou os 66 mil pontos, acompanhando a melhora de humor externa. A percepção de que as coisas estão andando na Grécia, embora ainda longe de serem completamente resolvidas, e os dados positivos nos EUA, ampararam o movimento de alta das bolsas na Europa e nos EUA.

O Ibovespa encerrou o dia com leve alta de 0,19%, aos 65.942,73 pontos, mas na semana teve desvalorização de 0,39%. O volume financeiro de R$ 6,205 bilhões ficou abaixo da média diária, indicando que muitos investidores emendaram o feriado de carnaval. A forte valorização dos papéis da Petrobras e a continuidade do movimento de alta de Vale também ajudaram a manter a Bolsa no azul. Petrobras ON avançou 2,37% e a PN, +2,34%, impulsionada pelo petróleo mais caro no mercado internacional. Já Vale ON ganhou 0,52% e PNA, +0,40%, seguindo o ritmo dos metais lá fora.

Na mínima, o Ibovespa atingiu 65.820 pontos (0,00%) e, na máxima, 66.335 pontos (+0,78%). No mês, o saldo acumulado ainda é positivo, de 4,55% e, no ano, +16,19%.

Para o operador de uma corretora, o ganho da Bolsa hoje também pode ser atribuído, em parte, à antecipação de um movimento de fim de mês, já que fevereiro termina na próxima quarta-feira. Segundo a fonte, este mês foi meio parado por conta do carnaval, mas a partir da próxima semana o jogo deve estar completo, "com os dois times em campo", disse, referindo-se a volta dos investidores que estavam ausentes do mercado.

As ações ON do Banco do Brasil figuraram entre os destaques de queda do índice, com recuo de 1,44%. Os papéis reagiram às regras do Basileia 3, que o BC colocou em audiência pública na semana passada. Segundo apurou o jornalista Altamiro Silva Júnior, as regras vão afetar mais o Banco do Brasil, que ficaria com o indicador de capital nível 1 (recursos líquidos e de maior qualidade) apertado, bem próximo do mínimo exigido pelo regulador.

Itaú, Bradesco e Santander ficariam em posição mais confortável, com índice bem acima do mínimo, de acordo com simulações de analistas obtidas pela Agência Estado. Para ter nível 1 semelhante aos bancos privados, o BB precisaria aumentar seu capital em R$ 25 bilhões até 2018, segundo estimativas do Itaú BBA.

As demais ações do setor bancário tiveram ligeira baixa. Itaú Unibanco PN cedeu 0,28% e as units do Santander caíram 1,27%. Já Bradesco conseguiu virar no final e fechou com alta de 0,16%. Na lista de melhores desempenho estavam MMX ON (+4,10%) e LLX ON (+3,24%).

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresAçõesIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

B3 reforça estratégia em duplicatas com aquisição de R$ 37 milhões

Sob 'efeito Coelho Diniz', GPA fecha segundo dia seguido entre maiores altas da bolsa

Trump diz que está preparado para disputa judicial pela demissão de Lisa Cook do Fed

Dólar fecha em leve alta de a R$ 5,43 com dados do IPCA-15