Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: Ibovespa terminou o dia com valorização de 0,32 por cento, a 38.057 pontos (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2016 às 17h49.
São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta nesta terça-feira, um dia após renovar mínima em quase sete anos, em meio a expectativas de que a China pode adotar novos estímulos após novos dados sobre a atividade econômica no país.
O fôlego no pregão paulista perdeu força durante o dia, em meio à volatilidade dos preços de petróleo, com o contrato do WTI firmando queda à tarde, e a piora nos pregões em Wall Street.
O Ibovespa terminou o dia com valorização de 0,32 por cento, a 38.057 pontos. Na máxima do dia, avançou 2,4 por cento.
O volume financeiro somou 4,13 bilhões de reais.
Na véspera, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 1,64 por cento, a 37.937 pontos, mínima desde 9 de março de 2009.
Na China, dados mostraram que a economia cresceu em 2015 no ritmo mais fraco em 25 anos, enquanto a produção industrial e o varejo tiveram desempenho abaixo do esperado, alimentando esperanças de mais estímulos.
Do front local, repercutiu comunicado do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre projeções de crescimento do Brasil pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que ampliou apostas de o Comitê de Política Monetária (Copom) ser mais gradual no aperto monetário ou nem subir a taxa básica de juro nesta semana.
DESTAQUES
- VALE fechou com as ações ordinárias em alta de 3,26 por cento e as preferenciais com elevação de 1,29 por cento, após atingirem mínimas de fechamento desde julho de 2004 na segunda-feira, em meio a expectativas sobre novas medidas para estimular a economia chinesa. Além disso, ajudou o aumento dos preços do minério de ferro à vista na China. - PETROBRAS encerrou com os papéis preferenciais em queda de quase 3 por cento, a 4,66 reais, mínima desde 29 de abril de 2003, conforme o contrato de WTI reverteu ganhos iniciais, embora o barril de Brent tenha sustentado os ganhos. Investidores seguem atentos ao plano de desinvestimentos da estatal e apreensivos com o risco de necessidade de capitalização e o quadro de elevado endividamento. As ações ordinárias caíram 2,38 por cento.
- OI subiu 3,32 por cento, após reportagem do jornal Valor Econômico afirmando que a operadora de telecomunicações definiu que Santander e Barclays serão os outros dois bancos que trabalharão no processo de tentativa de fusão com a TIM Participações, ao lado do BTG Pactual. Segundo o jornal, a Oi terá 1 bilhão de dólares à disposição com esse movimento. Consultada pela Reuters, a operadora não se pronunciou de imediato.
- CCR fechou com acréscimo de 4,05 por cento, destaque na ponta positiva. A empresa de concessões de infraestrutura informou na noite da segunda-feira que recebeu proposta pela sua fatia de 34,2 por cento na sociedade que opera o serviço de pedágios Sem Parar, e que está analisando uma oportunidade de alienação de sua participação acionária na companhia.
- CIA HERING abriu em alta, mas logo reverteu o movimento e fechou com declínio de 6,35 por cento, em meio à repercussão dos números operacionais do quarto trimestre que mostraram queda nas vendas. Analistas do Itaú BBA avaliaram que os dados confirmaram preocupações crescentes para a temporada de resultados do quarto trimestre de varejistas no Brasil.
- RUMO ALL desabou 18,67 por cento. A empresa de logística ferroviária convocou nesta terça-feira acionistas para Assembleia Geral Extraordinária em 4 de fevereiro para deliberar sobre o cancelamento do aumento de capital.
- BTG PACTUAL, que não está no Ibovespa, encerrou com valorização de 3,38 por cento, após divulgar logo cedo seu resultado não auditado do quarto trimestre, quando teve lucro de 1,23 bilhão de reais, avanço de 45 por cento sobre o mesmo período do ano anterior. O Financial Times também noticiou que o banco suíço EFG Internacional apresentou o maior lance pela unidade do BTG na Suíça, o BSI.