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Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2010 às 10h21.
Por Olívia Bulla
São Paulo - Os eventos e os indicadores no Brasil, nesta semana, são mais intensos que os da agenda econômica internacional. Por isso, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve caminhar dividida entre esses dois cenários ao longo do período. Enquanto os investidores locais aguardam os números sobre inflação e Produto Interno Bruto (PIB) no País, além da última decisão do ano sobre a Selic (a taxa básica de juros da economia), os agentes globais continuam debruçados no ambiente de incertezas na Europa e nos EUA. Às 11h18 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) avançava 0,24%, aos 69.931 pontos.
O ambiente segue nebuloso mundo afora, com o decepcionante relatório de empregos (payroll) de novembro nos EUA, anunciado na última sexta-feira, e o rebaixamento do rating (classificação de risco) da Hungria, ocorrido hoje pela Moody's, acentuando a apreensão dos investidores. Além disso, a sinalização do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, de que o programa de recompra de títulos norte-americanos pode ser ampliado para além dos atuais US$ 600 bilhões tenta oferecer suporte aos negócios. A cautela predomina nas principais praças financeiras do exterior, com os agentes em busca de novidades convincentes na economia.
No Brasil, a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro na quarta-feira - mesmo dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia sua decisão sobre a taxa básica de juros e um dia antes da publicação dos números sobre o PIB brasileiro no trimestre passado - concentram as atenções.
Para analistas gráficos, o Ibovespa segue em tendência de alta no curto prazo e tende a ganhar impulso extra assim que superar os 70,1 mil pontos, o que abriria as chances para um aumento mais consistente, numa tentativa de acompanhar os ganhos ao redor de 10% do índice Dow Jones e das principais bolsas europeias. Em caso de realização, o suporte ao redor dos 68,6 mil pontos deve impedir quedas mais profundas, mantendo o índice à vista na atual zona de indefinição, abaixo dos 70 mil pontos.