Bolsa: as bolsas europeias e os mercados à vista em Nova York sobem na esteira dos mercados asiáticos, mas persistem as dúvidas sobre a decisão para os juros do Fed (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2015 às 11h23.
São Paulo - A Bovespa está em alta desde a abertura nesta quarta-feira, 16, ajudada pelo viés positivo das bolsas asiáticas e europeias e os ganhos das ações da Petrobras, Vale, Siderúrgicas e bancos. Poucas ações do Ibovespa exibiam sinal negativo nesta manhã.
As bolsas europeias e os mercados à vista em Nova York sobem nesta quarta na esteira dos mercados asiáticos, mas persistem as dúvidas sobre a decisão para os juros do Federal Reserve, no dia seguinte.
Nos EUA, os juros dos Treasuries estão voláteis, após reagirem a princípio em queda aos dados de inflação americana. Houve uma reavaliação dos números e os analistas afirmam que foram mistos.
Embora o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país tenha caído 0,1% em agosto ante julho, na primeira queda desde janeiro e contrariando previsão de estabilidade, o núcleo do CPI teve alta anual de 1,8%, ficando bem próximo da meta de 2% do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
A tendência para a Bovespa durante o dia, no entanto, é de volatilidade. Todos estão atentos aos desdobramentos incertos do debate sobre o pacote de ajuste fiscal do governo de cerca de R$ 65 bilhões.
A dificuldade do governo brasileiro em levar o ajuste fiscal adiante no Congresso pode voltar a minar as expectativas, enfraquecendo a bolsa local.
Às 10h40, o Ibovespa subia 1,65% (máxima), aos 48.146,62 pontos, após ter fechado na terça-feira, 15, com ligeira alta de 0,17%. Em Nova York, o Dow Jones subia 0,20%; Nasdaq avançava 0,06%; S&P 500 ganha 0,24%.
As ações de grandes bancos - como Bradesco e Itaú Unibanco - seguem no campo positivo, após três altas consecutivas. Petrobrás ganhava 4,18% (PN) e 4,81% (ON); Vale PNA, +1,01%; Bradesco 2,28% (on) e 2,68% (PN) e Itaú Unibanco, +2,30%. Gerdau PN ganhava 1,25%.
No mercado doméstico, os dados de vendas do comércio varejista restrito caíram 1,0% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. É o pior resultado para o mês na série histórica desde 2000. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (serviço especializado da Agência Estado) que esperavam desde uma queda de 1,90% até um recuo de 0,40%, e em linha com a mediana, negativa em 1,0%.
Na comparação com julho do ano passado, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram queda de 3,5% em julho deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam entre recuo de 4,70% e queda de 1,60%, com mediana negativa de 3,68%.