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Bovespa sobe após Fitch, mas segue abaixo de 70 mil pontos

São Paulo - A elevação da nota do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch empurrou a bolsa brasileira para cima nesta segunda-feira, mas não deu força suficiente para que o principal índice superasse a marca de 70 mil pontos pela primeira vez desde janeiro. O Ibovespa teve alta de 0,63 por cento, a […]

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2011 às 17h39.

São Paulo - A elevação da nota do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch empurrou a bolsa brasileira para cima nesta segunda-feira, mas não deu força suficiente para que o principal índice superasse a marca de 70 mil pontos pela primeira vez desde janeiro.

O Ibovespa teve alta de 0,63 por cento, a quinta seguida, a 69.703 pontos. É o maior nível desde 19 de janeiro. O giro financeiro do pregão foi de 5,8 bilhões de reais.

Em um dia sem indicadores relevantes no exterior, a Fitch quebrou a monotonia ao elevar a nota do Brasil de "BBB-" para "BBB", dois degraus acima do grau especulativo.

Após o anúncio, o Ibovespa teve desempenho consistentemente superior ao dos principais índices em Nova York, especialmente o Standard & Poor's 500, que tropeçou em uma resistência em torno de 1.333 pontos e ficou estável.

A notícia, entretanto, não provocou nenhuma disparada do Ibovespa, já que não altera o perfil de grau de investimento do Brasil. "Essas elevações, a partir de agora, tendem a ter um impacto cada vez menor no mercado", disse Roberto Padovani, estrategista-chefe do banco WestLB do Brasil.

De acordo com o analista de uma corretora em São Paulo, que preferiu não ser identificado, o efeito da mudança de rating do Brasil é mais de longo prazo. "A gente vai começar a perceber mais isso ao longo dos semestres, dos anos, com as empresas captando a custos mais baixos." O mesmo analista também argumentou que a elevação pela Fitch, sozinha, não explica a alta do Ibovespa nesta segunda. "O mercado ainda está com um viés positivo dos últimos dias do mês de março, com uma redução daquela aversão a risco." A ação que mais contribuiu para a alta do Ibovespa foi o papel preferencial da Vale, com valorização de 2,36 por cento, a 48,24 reais. O mercado aguarda para esta segunda-feira uma possível definição do futuro presidente da mineradora, em substituição a Roger Agnelli.

A incerteza sobre a sucessão na Vale contribuiu para a queda de 4,5 por cento da empresa no mês passado. A equipe de análise do banco Fator, em nota a clientes, preferiu manter exposição abaixo da média do mercado ("underweight") nas ações da mineradora em meio ao imbróglio.

Na outra direção, Petrobras PN caiu 0,45 por cento, 28,61 reais. Apesar da baixa, a estatal manteve-se dentro da faixa de 28 reais, na qual opera com pouca volatilidade desde 22 de março.

Os estrangeiros venderam 1,77 bilhão de reais em ações em termos líquidos na Bovespa em março, mostraram dados da bolsa nesta segunda-feira. Com isso, a saída de investidores não-residentes no ano soma cerca de 2,5 bilhões de reais.

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