Na máxima, o Ibovespa atingiu 59.576 pontos, em 1,13%. Na mínima, caiu 0,70%, aos 58.497 pontos (Germano Luders)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 17h59.
São Paulo - A bolsa brasileira permaneceu no território negativo em grande parte desta terça-feira, mas buscou fôlego nos mercados internacionais para voltar ao azul no meio da segunda parte do pregão e recuperar os 59 mil pontos. A Bolsa fechou em alta de 1,06%, aos 59.536,16 pontos, nível mais elevado desde 25 de julho deste ano, quando o índice fechou em 59.970,54 pontos.
Os investidores renovaram as esperanças com a reunião de cúpula da União Europeia nesta semana, passando a ver a ameaça da Standard & Poor's de rebaixamento de rating na zona do euro como um potencial catalisador para os planos dos líderes da UE de estabelecer um pacto fiscal crível na região, mas, de acordo com operadores do mercado acionário, foi a notícia no britânico Financial Times, citando uma combinação de fundos de resgate que elevaria o poder de fogo na UE para 900 bilhões de euros, que deu o impulso para a renovação das máximas do dia nos momentos finais do pregão doméstico.
Segundo o FT, as autoridades europeias discutem a possibilidade de a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) não ser extinta depois de o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM) ser introduzido, em meados de 2012. A capacidade total de empréstimos dos dois fundos totalizaria mais de 900 bilhões de euros, ou praticamente o dobro do poder de fogo atual. Na máxima, o Ibovespa atingiu 59.576 pontos, em 1,13%. Na mínima, caiu 0,70%, aos 58.497 pontos. Agora, o Ibovespa tende a buscar a resistência importante de 60.400 pontos, de acordo com um estrategista, um nível que pode ser alcançado nos próximos dias.
Embora o resultado do PIB brasileiro na margem (0,0%) no terceiro trimestre não tenha sido uma surpresa, a confirmação da perda de fôlego da atividade doméstica pesou sobre o desempenho dos papéis de construtoras na sessão de hoje. Em oposição, os papéis das elétricas, com caráter tradicionalmente defensivo, se beneficiaram neste pregão como ocorre em momentos em que a incerteza prevalece.
Na Europa, as principais bolsas ficaram no vermelho, mas conseguiram reduzir as perdas antes do fechamento na expectativa de que os líderes europeus, na reunião de cúpula nesta semana, tenham as respostas adequadas às questões que ainda pairam sem solução na zona do euro. Analistas internacionais argumentam que a ameaça da Standard & Poor's de rebaixamento da classificação de risco de países europeus, incluindo Alemanha e França, pode ser um fator adicional pressionando os líderes na direção de uma solução crível para a região nestas reuniões. A bolsa de Paris perdeu 0,68% e a de Frankfurt recuou 1,27%.