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Bovespa sobe 0,49% com bom humor externo e Petrobras em destaque

No exterior, ajudou a guiar o bom humor o discurso na noite de terça-feira do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotando tom mais ameno

Bovespa: no Brasil, analistas destacaram que a cautela com o cenário político seguiu no radar e ajudou a limitar os ganhos (Nacho Doce/Reuters)

Bovespa: no Brasil, analistas destacaram que a cautela com o cenário político seguiu no radar e ajudou a limitar os ganhos (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de março de 2017 às 19h11.

São Paulo - A bolsa paulista fechou em alta nesta Quarta-feira de Cinzas, acompanhando o tom otimista de Wall Street, em sessão com volume reduzido que teve as ações da Petrobras como as principais influências positivas.

O Ibovespa subiu 0,49 por cento, a 66.988 pontos. O giro financeiro somou 6,17 bilhões de reais, abaixo da média diária vista em fevereiro, de 9,179 bilhões de reais e da médiapara o ano, de 7,94 bilhões de reais.

No exterior, ajudou a guiar o bom humor o discurso na noite de terça-feira do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotando tom mais ameno e destacando planos de amplos cortes de impostos e acréscimo de um trilhão de dólares em iniciativas público-privadas para reconstruir pontes e rodovias.

Além disso, o impulso adicional em Wall Street veio com investidores vendo de forma positiva o aumento nas chances de alta de juros nos EUA este mês, após declarações de autoridades do Federal Reserve.

O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, disse que o momento para apertar a política monetária ficou muito mais premente desde a eleição de Trump. E John Williams, do Fed de San Francisco, disse que, com a economia em pleno emprego, a inflação subindo e riscos dos potenciais cortes de impostos, não há necessidade de adiar a alta dos juros.

Ainda ajudando o tom positivo no exterior estavam os dados mais fortes da atividade industrial na China em fevereiro, sinalizando o aquecimento da economia global.

No Brasil, analistas destacaram que a cautela com o cenário político seguiu no radar e ajudou a limitar os ganhos.

"O mundo está numa fase boa, com perspectiva de retomada da economia, o que é positivo para o Brasil também... mas com esse monte de fato político rondando, o investidor prefere alguma cautela", disse o analista de uma corretora nacional, destacando as preocupações com delações no âmbito da operação Lava Jato.

Destaques

- PETROBRAS PN subiu 2,24 por cento e PETROBRAS ON avançou 2,94 por cento. Investidores reagiram ao anúncio de acordo com a Total, com previsão de entrada de 2,2 bilhões de dólares no caixa da empresa brasileira, que também anunciou sexta-feira redução média de 4,8 por cento do preço do diesel e de 5,4 por cento no preço da gasolina nas refinarias. O movimento nos preços do combustíveis foi bem recebido por analistas, que veem indicação de independência da diretoria da companhia.

- GERDAU PN ganhou 2,7 por cento, com o BTG Pactual vendo o discurso da véspera de Trump como positivo para as operações norte-americanas da siderúrgica e reforçando a recomendação de compra para as ações.

- VALE PNA avançou 1,14 por cento e VALE ON subiu 1,38 por cento, após fechar o pregão volátil de sexta-feira em baixa com o anúncio de que o presidente da empresa, Murilo Ferreira, deixará o posto em maio.

- ECORODOVIAS ON ganhou 4,79 por cento, entre as maiores altas do Ibovespa, enquanto CCR ON teve alta de 2,99 por cento. Ações de concessionárias de infraestrutura se beneficiaram da expectativa de queda da Selic, com a pesquisa Focus mostrando perspectiva para a taxa básica de juros em 9,25 por cento no fim do ano.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA caiu 2,9 por cento, liderando a ponta negativa do Ibovespa, e FIBRIA ON perdeu 1,84 por cento, com operadores citando a queda do dólar como pressão para os papéis das empresas.

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