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Bovespa sobe 0,58% e acumula ganho de 1,69% no mês

São Paulo - O pregão dessa sexta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo foi um resumo de como se comportou o mercado acionário ao longo de fevereiro: volátil, insosso e giro mais fraco. Hoje, as Bolsas brasileira e norte-americana abriram em alta, mas acabaram virando para baixo depois de mais um indicador ruim nos […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

São Paulo - O pregão dessa sexta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo foi um resumo de como se comportou o mercado acionário ao longo de fevereiro: volátil, insosso e giro mais fraco. Hoje, as Bolsas brasileira e norte-americana abriram em alta, mas acabaram virando para baixo depois de mais um indicador ruim nos EUA. O movimento de venda, no entanto, sucumbiu no período da tarde, e os índices acabaram operando quase que todo o resto do dia ao redor da estabilidade. No mês, os investidores conseguiram recuperar parte das perdas de 4,65% de janeiro, mas pouco.

O índice Bovespa subiu 0,58%, aos 66.503,27 pontos. Na mínima do dia, registrou 65.607 pontos (-0,78%) e, na máxima, os 66.510 pontos (+0,59%). Em fevereiro, a Bovespa registrou ganho de 1,69%, reduzindo as perdas de 2010 a 3,04%. O giro financeiro totalizou R$ 6,516 bilhões hoje. No mês até ontem, o giro médio estava 3,5% menor do que o registrado em janeiro, com R$ 6,517 bilhões. Os dados são preliminares.

Hoje, os índices acionários amanheceram com um sinal favorável vindo da Ásia, mas, depois, as notícias sobre a Grécia e, sobretudo, o dado ruim de vendas de imóveis usados nos Estados Unidos, levaram os índices a virarem para baixo. A Índia reduziu a meta de déficit; o Japão anunciou um avanço da produção industrial em janeiro e a primeira alta em 17 meses das vendas varejistas no mês passado; e a Austrália divulgou aumento no crédito ao setor privado. Na Europa, o Reino Unido anunciou uma revisão em alta do PIB do quarto trimestre de 2009.

Mas a Grécia resolveu adiar seus planos de vender bônus globais nos EUA e na Ásia. Segundo uma porta-voz do Ministério das Finanças, "o roadshow ainda está em pé, mas foi adiado porque o ministro das Finanças está ocupado com obrigações na Grécia, visitas das autoridades da UE e trabalhos parlamentares", afirmou. No final das contas, as Bolsas europeias subiram, ajudadas pelas ações ligadas a commodities, como mineradoras.

Nos EUA, o PIB do quarto trimestre revisado subiu 5,9%, acima dos 5,7% da estimativa anterior, mas em linha com as previsões dos analistas. Em razão disso, o que teve peso sobre os negócios foi o dado de residências. As vendas de imóveis residenciais usados caíram 7,2% nos EUA em janeiro na comparação com dezembro, ante previsão de que subiriam 0,9%.

O Dow Jones relevou e fechou em alta de 0,04%, aos 10.325,26 pontos, o S&P avançou 0,14%, aos 1.104,49 pontos, e o Nasdaq terminou com ganho de 0,18%, aos 2.238,26 pontos.

No Brasil, o setor siderúrgico, que ontem já foi destaque de ganhos, continuou no azul, hoje com os holofotes voltados para CSN ON, que divulgou seu balanço. A empresa apresentou no quarto trimestre de 2009 lucro líquido de R$ 745,431 milhões, inferior 81% aos R$ 3,936 bilhões do mesmo período de 2008. No exercício de 2009, a queda foi de 54,9% para R$ 2,598 bilhões, ante R$ 5,774 bilhões em 2008. CSN ON terminou em alta de 1,98%.

Fibria ON liderou as perdas do Ibovespa, com -5,32%. A empresa de papel e celulose constituída da união entre Votorantim Celulose e Papel e Aracruz anunciou prejuízo líquido de R$ 150 milhões no quarto trimestre de 2009, ante um resultado pro forma também negativo de R$ 968 milhões no mesmo período de 2008. No ano, a empresa teve lucro líquido de R$ 558 milhões, comparado ao prejuízo de R$ 1,31 bilhão em 2008.

 

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