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Bovespa segue NY e tem pequeno ganho, de 0,22%

São Paulo - A quarta-feira foi mais um dia de noticiário forte, mas, ao contrário de ontem, as Bolsas norte-americanas e brasileira subiram, mesmo com mais um rebaixamento de rating na Europa. A forte queda de ontem abriu oportunidade de compras, garantidas por balanços melhores nos EUA e a percepção de que a crise fiscal […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - A quarta-feira foi mais um dia de noticiário forte, mas, ao contrário de ontem, as Bolsas norte-americanas e brasileira subiram, mesmo com mais um rebaixamento de rating na Europa. A forte queda de ontem abriu oportunidade de compras, garantidas por balanços melhores nos EUA e a percepção de que a crise fiscal na União Europeia não deve ficar sem resposta das maiores economias da região. Além disso, a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) ficou em linha com o esperado.

O índice Bovespa terminou o dia em alta de 0,22%, aos 66.655,71 pontos. Na mínima, registrou 65.914 pontos (-0,90%) e, na máxima, os 67.253 pontos (+1,12%). No mês, o Ibovespa acumula perda de 5,28% e, no ano, de -2,82%. O giro financeiro totalizou R$ 6,998 bilhões. Os dados são preliminares.

Depois de recuar 3,43% ontem, a Bovespa abriu em alta, com os investidores à procura de pechinchas. O clima nos EUA também era favorável, com os balanços fortes de Dow Chemical e Goodyear Tire & Rubber. Na Europa, continuavam os temores de impasse com a crise grega, ainda mais depois que a chanceler alemã Angela Merkel disse que, embora a Alemanha trabalhe para garantir a estabilidade do euro, os gregos têm de promover um pacote de corte de gastos capaz de restaurar a confiança dos mercados no país.

O ministro da Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, amenizou o tom ao afirmar que o país está preparado para acelerar o desembolso de fundos para ajudar a Grécia. Como o FMI também poderia elevar sua participação na ajuda acertada com a União Europeia em 10 bilhões de euros, o clima suavizou. A Bolsa de Atenas fechou em alta com a decisão do país de proibir vendas a descoberto de ações por dois meses, mas o restante dos índices acionários na Europa caiu em razão do rebaixamento da Espanha, hoje, pela agência de classificação de risco Standard & Poor's.

Nos EUA, além dos balanços, os índices acionários refletiram o resultado da reunião do Fed, que manteve a taxa básica de juros entre zero e 0,25% ao ano, e a de redesconto, em 0,75% ao ano. O comunicado divulgado ao final do encontro também manteve a frase de que os juros serão mantidos baixos por um "período prolongado" nos EUA. Na visão do Fed, a economia americana continua a se fortalecer e o mercado de trabalho começou a melhorar, mas o desemprego, ainda alto, está contendo os gastos do consumidor.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,48%, aos 11.045,27 pontos. O S&P avançou 0,65%, aos 1.191,36 pontos, e o Nasdaq subiu 0,01%, aos 2.471,73 pontos.

No Brasil, as ações da Vale acompanharam a queda dos preços dos metais nas bolsas de mercadorias e recuaram. O movimento também decorreu da troca de papéis com Petrobras, que subiu. Vale ON terminou em baixa de 0,68%, Vale PNA, em queda de 0,60%. Petrobras ON ganhou 0,19% e Petrobras PN avançou 0,90%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro do petróleo com vencimento em junho terminou em alta de 0,95%, a US$ 83,22 o barril.

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