Mercados

Bovespa segue exterior e fecha com queda de 2,50%

A promessa de renúncia do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, não enfeitiça mais o mercado e os investidores trataram de fugir do risco

Funcionários da Petrobras na Bacia de Campos: o adiamento de leilões vem desapontando os investidores (Germano Lüders/EXAME.com)

Funcionários da Petrobras na Bacia de Campos: o adiamento de leilões vem desapontando os investidores (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2011 às 17h38.

São Paulo - A Bovespa acompanhou de perto o desempenho dos mercados internacionais e fechou em forte queda, perdendo de uma vez o patamar de 59 mil pontos e de 58 mil pontos, para fechar no menor nível desde o primeiro pregão do mês. A promessa de renúncia do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, não enfeitiça mais o mercado e os investidores trataram de fugir do risco. O aumento das margens para a negociação dos títulos soberanos italianos adicionou estresse.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 2,50%, aos 57.549,74 pontos, menor nível desde os 57.322,75 pontos registrados no primeiro pregão do mês. Na mínima, registrou 57.201 pontos (-3,09%) e, na máxima, 59.011 pontos (-0,03%). No mês, voltou a acumular perda, de 1,35% e, no ano, cai 16,96%. O giro financeiro totalizou R$ 6,084 bilhões. Os dados são preliminares.

O cenário instável na Europa, sobretudo em Itália e Grécia, fez com que os investidores fugissem do risco. Hoje, com a chamada de margem da câmara de compensação LCH.Clearnet, os preços dos bônus da Itália despencaram, provocando um forte aumento no yield (retorno ao investidor), que levou as taxas para novos recordes desde a criação do euro.

As bolsas, assim, desabaram. A da Grécia até que caiu pouco (-1,70%), antes da notícia de que o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, do Partido Socialista (Pasok), e Antonis Samaras, presidente do partido Nova Democracia e representante da oposição, não conseguiram chegar a um acordo sobre quem deve comandar o próximo governo de coalizão grego, forçando o presidente do país, Karolos Papoulias, a convocar uma reunião com líderes políticos na quinta-feira para tentar resolver o assunto. Mais cedo, uma fonte havia dito que o presidente do parlamento da Grécia, Fillipos Petsalnikos, assumiria o cargo de primeiro-ministro, mas aparentemente os políticos gregos desistiram da decisão.

A situação europeia afetou o comportamento das bolsas nos EUA, que tombaram. Às 18h17, o Dow Jones desabava 3,03%, o S&P recuava 3,40% e o Nasdaq tinha baixa de 3,55%. Na Nymex, o contrato do petróleo para dezembro encerrou em queda de 1,09%, a US$ 95,74 o barril.

No Brasil, apenas seis ações terminaram em alta. Petrobras ON despencou 4,71% e a PN caiu 4,24%. Vale ON perdeu 1,64% e a PNA, -1,58%. Gerdau PN, -2,56%, Metalúrgica Gerdau PN, -2,83%, Usiminas PNA, -1,50%, CSN ON, -4,06%. No setor financeiro, Bradesco PN, -1,60%, Itaú Unibanco PN, -2,52%, BB ON, -2,72%, e Santander unit, -2,26%.

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