Em termos semanais, a Bolsa registrou a quinta queda seguida, de 0,09% (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2012 às 18h01.
São Paulo - Depois de três recuos seguidos, nesta sexta-feira a Bovespa se descolou de Nova York e conseguiu encerrar no azul, mas ainda acumulando perdas na semana. A alta desta sexta-feira foi comandada por setores que tiveram fortes quedas recentemente, como bancos e construção. Os carros-chefes - Vale e Petrobras - registraram mais um dia de queda e impediram uma valorização maior da Bolsa. Os dados positivos nos EUA e Europa também ajudaram no movimento, embora o mercado acionário em Nova York tenha fechado em queda.
O Ibovespa encerrou com valorização de 0,74%, aos 54.463,16 pontos. Em termos semanais, a Bolsa registrou a quinta queda seguida, de 0,09%. No mês, as perdas são de 11,90% e, no ano, cai 4,04%. O giro financeiro ficou em R$ 5,584 bilhões - o pior volume do mês.
Segundo o economista da Legan Asset, Fausto Gouveia, o ganho desta sexta-feira não passa de um ajuste técnico e não deve ter força para se perpetuar enquanto o imbróglio com a Grécia persistir. "A Bolsa foi puxada por alguns setores que ficaram bem defasados durante a semana e hoje estão corrigindo. É um ajuste técnico, por isso descolou-se do mercado americano", disse.
O índice financeiro (IFNC) e o índice imobiliário registraram ganhos superiores ao do Ibovespa, de 1,16% e 3,55%, respectivamente. Entre os bancos, o Bradesco subiu 1,06%, o Itaú Unibanco +1,21% e o Banco do Brasil +0,87%. Já as construtoras figuraram entre os destaques de alta do índice paulista, liderado por Brookfield (+9,46%). PDG ganhou 5,57% e Cyrela, 4,95%.
Já a Petrobras ON perdeu 0,87% e a PN caiu 0,32%. No mercado internacional, o contrato de petróleo com vencimento em julho encerrou com alta de 0,22%, a US$ 90,86 o barril. Vale ON registrou declínio de 1,88% e a PNA, -1,62%.
Em Nova York, o Dow Jones caiu 0,60%, o S&P 500 perdeu 0,22% e o Nasdaq, -0,07%. No caso dos EUA, Gouveia acredita que o feriado de Memorial Day na segunda-feira afastou os investidores, em razão do temor que tenha alguma novidade ruim na Europa nos próximos três dias. "O investidor não quer assumir risco nestes três dias em que os mercados estarão fechados", disse.