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Bovespa recua na abertura em linha com cautela externa

A Bolsa brasileira abriu a sessão desta quarta-feira, 14, em baixa


	Operadores na Bovespa: às 10h20, o Ibovespa caía 1,10%, aos 47.513,67 pontos
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: às 10h20, o Ibovespa caía 1,10%, aos 47.513,67 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 10h43.

São Paulo - A Bolsa brasileira abriu a sessão desta quarta-feira, 14, em baixa, alinhada ao comportamento negativo de suas pares no exterior, por sua vez pressionadas pela revisão em baixa das projeções para a economia global feitas pelo Banco Mundial e também pelo desempenho titubeante das commodities.

Às 10h20, o Ibovespa caía 1,10%, aos 47.513,67 pontos. As ações da Petrobras recuavam aproximadamente 2,50%, enquanto as perdas da Vale estavam em torno de 3%.

Sob os papéis da estatal, pesa o noticiário interno relacionado à Operação Lava Jato, ainda que os preços do petróleo ensaiem recuperação no exterior. Foi preso nesta quarta-feira, 14, o ex-diretor da área Internacional Nestor Cerveró, a pedido do Ministério Público Federal do Paraná.

O órgão disse que "há fortes indícios de que ele continua a praticar crimes". Ele chegou nesta manhã à Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde ficará preso preventivamente.

A estatal apresentará no dia 27 o balanço não auditado do terceiro trimestre de 2014, suspenso desde novembro em decorrência das investigações da Lava Jato. A Petrobras também anunciou ontem a escolha do executivo João Adalberto Elek Junior como novo diretor de governança da companhia.

Nas commodities, o petróleo, que vinha em queda, tenta se firmar em alta, mas os preços do cobre estão nas mínimas em mais de cinco anos, após uma forte onda de vendas nos mercados asiáticos em meio a perspectivas desfavoráveis para a demanda global da commodity. Os preços do minério de ferro também caem.

A aversão ao risco, com venda de ações e compra de Treasuries e de dólar, reflete também as previsões mais pessimistas para a economia global divulgadas ontem pelo Banco Mundial. Segundo a instituição, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial deve crescer 3% em 2015 e 3,3% em 2016, ante estimativas anteriores de 3,4% e 3,5%, respectivamente.

As bolsas europeias estão em baixa, com Frankfurt em -0,38%; Paris, -0,48%; e Londres, -1,82%. Os índices futuros também operam com desvalorização em Nova York, tanto Dow Jones (-0,47%) quanto S&P 500 (-0,42%). A agenda norte-americana de balanços prossegue nesta quarta-feira, com destaque para os bancos.

Há pouco, JPMorgan Chase informou que registrou lucro líquido de US$ 4,93 bilhões no quatro trimestre do ano passado, uma queda de 6,6% em relação aos US$ 5,28 bilhões registrados em igual período de 2013.

O lucro diluído por ação, que reflete o pagamento de dividendos preferenciais, ficou em US$ 1,19, abaixo da estimativa dos analistas de US$ 1,31.

Em meio a esse clima de cautela, o euro atingiu hoje níveis inferiores ao de sua cotação de lançamento, após uma decisão preliminar favorável do Tribunal de Justiça da União Europeia sobre o programa de Transações Monetária Diretas (OMT, na sigla em inglês) abrir o caminho para o Banco Central Europeu (BCE) iniciar um programa de relaxamento quantitativo pleno (QE, pela sigla em inglês), que incluiria a compra de bônus soberanos.

Na mínima do dia, o euro chegou a ser negociado a US$ 1,1727, abaixo do patamar de US$ 1,1747 em que a moeda única foi lançada, em 1999.

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