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Bovespa recua na abertura com dado ruim vindo da China

O índice de atividade dos gerentes de compras do setor industrial chinês caiu a 49,6 em janeiro


	Fachada do Bovespa: por volta das 10h25 o Ibovespa perdia 0,40%, aos 49.104,32 pontos, depois de tocar a mínima de 48.99,18 pontos
 (Bloomberg)

Fachada do Bovespa: por volta das 10h25 o Ibovespa perdia 0,40%, aos 49.104,32 pontos, depois de tocar a mínima de 48.99,18 pontos (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 10h12.

São Paulo - A Bovespa abriu em baixa nesta quinta-feira, 23, pressionada pela queda na atividade industrial da China, que também afeta os índices futuros das bolsas de Nova York. Mesmo assim, os investidores devem aguardar uma série de indicadores sobre a economia norte-americana que são divulgados hoje.

Por volta das 10h25 o Ibovespa perdia 0,40%, aos 49.104,32 pontos, depois de tocar a mínima de 48.99,18 pontos. A mineradora Vale, que tem na China o principal destino das suas exportações, recuava 1,32% no papel ON e 1,18% no PN. A Petrobras também caía (ON -0,20% e PN -0,57%).

O índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial chinês caiu a 49,6 em janeiro, de 50,5 em dezembro, informou o HSBC. Foi a primeira vez desde julho do ano passado que o indicador ficou abaixo da linha divisória de 50 pontos, indicando contração da atividade. Entre as commodities, os metais básicos operam em baixa ante preocupações sobre a demanda chinesa por insumos básicos, com os ativos correlacionados às matérias-primas também pressionados pelo dado.

O dado chinês ofuscou o salto da atividade (industrial e de serviços) na zona do euro para o maior nível em 31 meses, a 53,2 em janeiro. Enquanto isso, nos EUA serão divulgados diversos indicadores hoje, após três dias de agenda praticamente esvaziada. Entre os destaques estão o PMI da Markit e o índice de indicadores antecedentes do Conference Board.

No noticiário local, a divulgação do IPCA-15 abaixo do piso das estimativas dos analistas acabou amenizando o impacto da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo um operador, ao não sinalizar redução de ritmo de aperto monetário, a ata reforçou a percepção até ontem majoritária de uma nova alta de 0,50 pp da Selic em fevereiro, mas o IPCA tirou força dessa avaliação.

Nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, começou a falar em um painel do Fórum Econômico Mundial, em Davos. Segundo ele, o Brasil terá mais investimentos e um crescimento menor do consumo. Ele também comentou que a redução da demanda internacional afetou o chamado grupo Brics - que além do Brasil conta com Rússia, Índia, China e África do Sul. Mesmo assim, o ministro disse que os BRICS não passam por uma "crise de meia idade", como sugere um documento do próprio Fórum Econômico Mundial.

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