Mercados

Bovespa recua de olho em política e noticiário corporativo

Às 12:24, o Ibovespa caía 0,54%, a 74.395 pontos

B3: as ações da Cielo disparavam e lideravam a ponta positiva após resultado trimestral (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: as ações da Cielo disparavam e lideravam a ponta positiva após resultado trimestral (Patricia Monteiro/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 31 de outubro de 2017 às 13h07.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista mostrava fraqueza nesta terça-feira, após uma abertura mais positiva, com investidores ainda cautelosos diante do cenário político local e atentos ao noticiário corporativo.

As ações da Cielo disparavam e lideravam a ponta positiva após resultado trimestral, enquanto Braskeme Itaú Unibanco eram destaque de queda.

Às 12:24, o Ibovespa caía 0,54 por cento, a 74.395 pontos. O giro financeiro era de 2,8 bilhões de reais.

Depois de fechar abaixo dos 75 mil pontos na véspera, o índice ensaiou uma recuperação mais cedo, quando chegou a subir0,46 por cento e voltar ao patamar dos 75 mil pontos.

O fechamento de mês, segundo operadores, também favorece alguma volatilidade aos negócios, conforme investidores ajustam suas carteiras.

Após renovar recordes algumas vezes ao longo deste mês, o Ibovespa passou a encontrar resistência para manter o otimismo, diante de incertezas no cenário político. Com o arquivamento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, os investidores avaliam se o governo terá força para aprovar suas reformas, principalmente a da Previdência, ainda que uma versão mais simples.

Destaques

- CIELO ON subia 7,58 por cento, liderando a ponta positiva do índice após reportar números melhores que o esperado por analistas para o terceiro trimestre. No período, o lucro líquido foi de 1,017 bilhão de reais, alta de 0,8 por cento ante igual período de 2016.

- ITAÚ UNIBANCO PN recuava 2,46 por cento, revertendo os ganhos vistos mais cedo, quando chegou a avançar 1 por cento na máxima até o momento. No radar estavam os números reportados para o terceiro trimestre que, segundo analistas do BTG Pactual, foram amplamente em linha com o esperado. No período de julho a setembro, o lucro recorrente do Itaú foi de 6,254 bilhões de reais, alta de 11,8 por cento sobre um ano antes.

- BRASKEM PNA caía 2,08 por cento, depois de ter recuado mais de 5 por cento na mínima do dia, devolvendo parte dos ganhos de quase 12 por cento registrados na véspera, após a divulgação de reportagem informando que a holandesa Lyondellbasel estaria interessada em comprar o controle da petroquímia. A Braskem disse nesta terça-feira que não foi abordada pela empresa holandesa com qualquer proposta de aquisição.

- EMBRAER ON tinha baixa de 1,04 por cento. No radar estava o corte na recomendação do JP Morgan para os ADRs da fabricante brasileira de aviões para "neutra", ante "overweight".

- PETROBRAS PN tinha variação postiva de 0,06 por cento e PETROBRAS ON subia 0,63 por cento, em sessão sem viés definido para os preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE ON subiam 0,65 cento, apesar dos contratos futuros do minério de ferro na China terem acumulado queda de 5,8 por cento.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3IbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Vendas do Wegovy, da Novo Nordisk, disparam 79% no 3º trimestre

Ibovespa abre em forte queda com IPCA acima do esperado e frustração com a China; dólar dispara 1,6%

Cogna reduz em 72% prejuízo no 3º tri com crescimento de Kroton e já mira dividendos em 2025

Dona da Jeep, Stellantis enfrenta crise e corta mais de mil empregos nos EUA