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Bovespa mantém movimento de ajuste e cai com pressão da Petrobras

O cenário externo também mostrava-se desfavorável nesta sessão, com Wall Street abrindo em baixa após resultados corporativos sem direção comum

Bovespa: às 11:34, o Ibovespa caía 0,53 por cento, a 63.166,43 pontos (Germano Lüders/Site Exame)

Bovespa: às 11:34, o Ibovespa caía 0,53 por cento, a 63.166,43 pontos (Germano Lüders/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 20 de outubro de 2016 às 10h36.

Última atualização em 20 de outubro de 2016 às 14h36.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista operava em território negativo nesta quinta-feira, mantendo o movimento de correção iniciado na véspera após acumular alta de quase 9 por cento no mês e com as ações da Petrobras entre as principais pressões negativas.

Às 11:34, o Ibovespa caía 0,53 por cento, a 63.166,43 pontos. O índice recuou na véspera, após ter atingido os 64 mil pontos pela primeira vez desde abril de 2012, mas ainda acumulava alta de 8,8 por cento no mês. O volume financeiro era de 1,4 bilhão de reais.

O cenário externo também mostrava-se desfavorável nesta sessão, com Wall Street abrindo em baixa após resultados corporativos sem direção comum e em meio à queda nos preços do petróleo.

O movimento de correção no Ibovespa na véspera ganhou impulso ainda após a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, com operadores em alerta sobre eventual delação premiada.

Para a equipe da corretora Guide Investimentos, o efeito da prisão de Cunha sobre o governo do presidente Michel Temer parece limitado "ao menos neste momento" e não apresenta risco ao andamento do processo de ajuste fiscal.

Destaques

- PETROBRAS PN caía 1,48 por cento e PETROBRAS ON recuava 2,1 por cento, após fortes ganhos recentes e em sessão marcada pela queda nos preços do petróleo . Até a véspera, os papéis preferenciais da petroleira acumularam alta de quase 30 por cento no mês e 163 por cento no ano.

- ITAÚ UNIBANCO caía 0,7 por cento e BRADESCO PN perdia 0,3 por cento, em sessão negativa para os bancos privados após fortes ganhos recentes. BANCO DO BRASIL , por sua vez, ia na contramão e subia 0,6 por cento, após o Santander melhorar a recomendação para o papel.

- EMBRAER caía 1,3 por cento, mantendo o ajuste da véspera em mais uma sessão de queda para o dólar e após ter subido 13 por cento em apenas quatro pregões com otimismo embalado por dados de entrega de aeronaves.

- VALE PNA subia 2,1 por cento e VALE ON avançava 1,1 por cento, entre os poucos papéis em alta no índice. Como pano de fundo estava o anúncio da produção de minério de ferro no terceiro trimestre, que subiu 1,5 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.

- GAFISA, que não integra o Ibovespa, subia 1,8 por cento após a empresa anunciar na véspera que seu conselho de administração aprovou a emissão secundária de ações da Tenda, com listagem no Novo Mercado.

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