Bolsa de valores: em Wall Street, os negócios ainda eram afetados pela sinalização na véspera pelo banco central norte-americano de continuidade do aperto monetário (Germano Lüders/Exame)
Reuters
Publicado em 18 de outubro de 2018 às 11h36.
São Paulo - A bolsa paulista mostrava fraqueza nesta quinta-feira, afetada pelo cenário externo menos favorável, com as bolsas nos EUA recuando e o petróleo em queda, enquanto agentes financeiros aguardam nova pesquisa eleitoral no final do dia.
Às 11:08, o Ibovespa caía 0,84 por cento, a 85.042,35 pontos. O volume financeiro somava 2 bilhões de reais.
Em Wall Street, os negócios ainda eram afetados pela sinalização na véspera pelo banco central norte-americano de continuidade do aperto monetário naquele país, além de alguns resultados setoriais piores do que o esperado.
O S&P 500 cedia 0,5 por cento.
A pauta doméstica não prevê divulgações relevantes durante o pregão, com pesquisa Datafolha sobre o cenário para o segundo turno da disputa presidencial entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) prevista apenas para o começo da noite.
Para a equipe da Mirae, as novas pesquisas de intenção de voto tendem a confirmar a expectativa no mercado de vitória de Bolsonaro com grande diferença de Haddad, cenário que tem sido observado nas últimas sondagens.
- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 1,13 por cento, entre os maiores pesos negativos, em meio a ajustes, conforme acumula no mês alta de mais de 10 por cento. BRADESCO PN caía 0,92 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT recuava 0,73 por cento, enquanto BANCO DO BRASIL cedia 0,15 por cento.
- VALE caía 1,84 por cento, em linha com outras mineradoras no exterior, ampliando a perda acumulada no mês, apesar da visão positiva de analistas de modo geral para a companhia brasileira. No ano, as ações da Vale ainda sobem cerca de 50 por cento. O Senado aprovou na quarta-feira indicações a três diretorias da Agência Nacional de Mineração (ANM).
- PETROBRAS PN caía 1,13 por cento, tendo de pano de fundo nova queda nos preços do petróleo no mercado internacional, mas ainda contabiliza uma alta de mais de 20 por cento em outubro. A petrolífera de controle estatal anunciou mais cedo nesta quinta-feira o início de fase vinculante da cessão da totalidade de direitos de exploração, desenvolvimento e produção no Polo Ceará, localizado em águas rasas na Bacia do Ceará.
- CEMIG PN recuava 1,89 por cento, entre as maiores quedas. A equipe da XP Investimentos citou em relatório que, a partir dos últimos comentários do candidato líder nas pesquisas para o governo de Minas Gerais, a privatização da elétrica não está descartada, mas não deve ocorrer imediatamente tampouco. "Mantemos a recomendação de compra ... uma vez que vemos oportunidades de retorno no cenário em que a empresa continue estatal, mas com uma melhor gestão", escreveram em relatório.
- COSAN tinha alta de 0,48 por cento, tendo no radar que os contratos futuros do açúcar branco na ICE subiram para uma máxima em nove meses na quarta-feira, impulsionados por problemas com larvas na Índia e pela valorização da moeda brasileira.
- RD subia 0,32 por cento, em sessão de recuperação, com o desempenho do mês ainda mostrando perda de quase 10 por cento, em meio a dúvidas de analistas sobre a capacidade da rede de varejo farmacêutico manter o ritmo de fortes resultados dos últimos anos. Para o BTG Pactual, o terceiro trimestre deve mostrar números fracos sobre as lojas maduras, com menor margem Ebitda, embora o forte plano de abertura de estabelecimentos deva mais uma vez assegurar uma alta decente da receitas.
- FLEURY avançava 0,97 por cento, em nova sessão de recuperação, após fechar na mínima desde abril de 2017 na segunda-feira.