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Bovespa recua com cenário externo menos favorável a risco

As exportações da China em setembro caíram 10% na comparação anual, acima da expectativa do mercado


	Bovespa:"A China está provocando aversão a risco nos mercados globais"
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa:"A China está provocando aversão a risco nos mercados globais" (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2016 às 13h47.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista caía nesta quinta-feira, na esteira do cenário externo menos favorável para tomada de risco após dados fracos de comércio exterior da China, com as ações da Vale entre os destaques de baixa.

Às 11:33, o Ibovespa caía 0,9 por cento, a 60.472,24 pontos. O giro financeiro era de cerca de 2,4 bilhões de reais.

As exportações da China em setembro caíram 10 por cento na comparação anual, acima da expectativa do mercado, de queda de 3 por cento, enquanto as importações recuaram inesperadamente no período.

Além disso o Federal Reserve divulgou a ata da última reunião na quarta-feira, quando os mercados brasileiros estavam fechados, na qual indicou que muitos membros veem uma alta de juros em breve como justificado se a economia dos Estados Unidos continuar a se fortalecer.

"A China está provocando aversão a risco nos mercados globais e estamos voltando de um feriado que tem um pouco de ajuste em relação à ata do Fed que mostrou reforço da elevação de juro para dezembro", disse o analista da Clear Corretora Raphael Figueredo.

Destaques

- VALE PNA caía 3 por cento e VALE ON perdia 3,3 por cento, tendo como pano de fundo a preocupação com a desaceleração da economia chinesa após os dados de comércio exterior do país.

- PETROBRAS PN e ON perdiam 1,4 por cento cada, em sessão marcada por alguma volatilidade nos preços do petróleo diante de alta na produção da Opep para o maior nível em pelo menos oito anos.

- BRADESCO PN tinha baixa de 1 por cento, na esteira do mau humor do mercado e após anúncio de acordo com a resseguradora Swiss Re, que assumirá as operações com seguros de grandes riscos do grupo financeiro brasileiro.

Analistas Itaú BBA consideraram o acordo neutro para o Bradesco no curto prazo e mantiveram a recomendação outperform para os papéis.

- ELETROBRAS, que não faz parte do Ibovespa, tinha queda de 1,3 por cento, na sessão em que os American Depositary Shares (ADS) da empresa voltam a ser negociados na bolsa de Nova York, após terem a negociação suspensa em maio devido ao atraso na entrega de documentos.

- EMBRAER subia 1,4 por cento, entre os destaques de alta do Ibovespa, após a fabricante brasileira de aviões informar na véspera que busca finalizar acordos com autoridades norte-americanas e brasileiras para encerrar caso em que é acusada de de suborno para obter contratos de venda de aeronaves no exterior.

- TELEFÔNICA BRASIL subia 1 por cento, também entre maiores altas do Ibovespa, mantendo o ritmo de recuperação do pregão anterior, após cair quase 7 por cento na segunda-feira, após anúncio da renúncia do presidente-executivo, Amos Genish.

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