Pregão da Bovespa: após duas semanas seguidas de alta, a Bolsa caiu 1,18% nesses cinco últimos pregões. No mês, ainda sustenta alta de 1,74% (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2012 às 18h04.
São Paulo - A alta das ações da Petrobras e a melhora externa na segunda etapa dos negócios ajudaram a Bovespa a encerrar a sexta-feira com leve queda. Mais uma vez a expectativa em torno do possível aumento dos combustíveis contribuiu para os papéis da petroleira terminarem o dia no azul. Externamente, o noticiário foi fraco.
Com isso, o Ibovespa encerrou com queda de 0,12%, aos 55.438,55 pontos. Após duas semanas seguidas de alta, a Bolsa caiu 1,18% nesses cinco últimos pregões. No mês, ainda sustenta alta de 1,74%. Mas no ano voltou a registrar recuo de 2,32%. A ação ON da petroleira fechou com ganho de 0,95% e a PN subiu 1,45%.
Já as outras blue chips (Vale, metalúrgicas e bancos) não ajudaram e fecharam em queda. Vale reduziu as perdas no final e a ON caiu 0,23% e PNA, -0,10%. Gerdau PN perdeu 1,96%, Metalúrgica Gerdau recuou 1,86%, Usiminas registrou declínio de 2,70% e Siderúrgica Nacional, -2,43%.
Entre as instituições financeiras, Itaú Unibanco amargou a maior queda, de 2,08%, seguido de Banco do Brasil (-1,54%). Santander foi na contramão e as units subiram 1,29%. Já o Bradesco fechou estável.
Pão de Açúcar avançou 2,03% e foi outro destaque de alta. A ação reflete a troca de comando na empresa. Logo cedo, o francês Jean-Charles Naouri, presidente do Casino, foi aprovado como novo presidente da Wilkes, controladora do Grupo Pão de Açúcar, em assembleia geral extraordinária.
A semana foi pautada pelo noticiário externo e, internamente, foi a Petrobras que ditou o ritmo na Bolsa. Isso porque, desde a semana passada, existem rumores de que a petroleira irá aumentar o preço dos combustíveis. A dúvida agora é saber quando e de quanto será este reajuste. No mercado, especula-se que o governo poderá compensar parte da alta com uma redução da Cide, o objetivo é evitar o repasse para a inflação.
Externamente, o rebaixamento da agência de classificação de risco Moody's, na quinta-feira, após o fechamento dos mercados, pesou sobre os negócios pela manhã. Por outro lado, nesta sexta-feira, o Banco Central da Europa (BCE) anunciou a ampliação da gama de títulos que serão aceitos dos bancos da zona do euro como colaterais para a concessão de empréstimos, com o objetivo de incentivar a oferta de crédito para empresas e famílias. O BCE passará a aceitar determinados ativos lastreados em hipotecas, além de ativos lastreados em empréstimos automotivos, leasing e créditos para consumidores.
Em Nova York, as bolsas fecharam em alta. Dow Jones ganhou 0,53%, S&P 500 subiu 0,72% e o Nasdaq, + 1,17%.