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Bovespa recua 2,5% e fecha no nível mais baixo em 5 meses

Índice caiu 2,48 por cento, maior variação negativa desde 30 de setembro, a 49.321 pontos


	Visitantes observam preços de ações em monitores da BM&FBovespa: giro financeiro do pregão somou 7 bilhões de reais
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Visitantes observam preços de ações em monitores da BM&FBovespa: giro financeiro do pregão somou 7 bilhões de reais (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 17h03.

São Paulo - O principal índice da Bovespa caiu quase 2,5 por cento nesta quinta-feira e fechou abaixo dos 50 mil pontos, perdendo um importante suporte técnico, diante de temores de desaceleração da China e preocupações com a economia doméstica.

O Ibovespa caiu 2,48 por cento, maior variação negativa desde 30 de setembro, a 49.321 pontos. Desde o fim de agosto o índice não fechava abaixo de 50 mil pontos. O giro financeiro do pregão somou 7 bilhões de reais.

A inflação anual ao consumidor da China, principal país destino das exportações brasileiras, desacelerou com mais força do que o esperado em dezembro, para 2,5 por cento, a mínima em sete meses.

"Os números de inflação da China foram baixos, o que significa um desaquecimento do consumo chinês", disse o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença DTVM.

A notícia afetou os papéis de empresas exportadoras de commodities, como a Vale, que foi a principal influência negativa do dia, e Bradespar, que tem participação na mineradora.

O dado da China, que também provocou queda de preços dos metais na Europa, contribuiu para que o Ibovespa perdesse o suporte técnico na faixa de 49.900 e 49.800 pontos, desencadeando mais vendas por parte de investidores que operam com base em análise gráfica, afirmou o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil.

Ainda no cenário macroeconômico, o mercado operou na expectativa do relatório de emprego dos Estados Unidos de dezembro, a ser divulgado na sexta-feira. Investidores temem que um resultado forte possa fazer a redução do programa de compra de ativos do Federal Reserve, banco central do país, ganhar força, diminuindo ainda mais a oferta global de liquidez.

Além disso, continuaram pesando na Bovespa preocupações com o cenário doméstico devido à deterioração fiscal, o nível da inflação e expectativa de baixo crescimento, assim como temores de um rebaixamento da nota de crédito.

"Desde a entrada do ano, as expectativas estavam muito mais para baixo do que para cima. Talvez não tenha ocorrido essa intensificação das perdas antes pois os volumes foram baixos. Mas as maiores mesas de operação estão voltando à ativa", disse o diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt.

Além da Vale, os papéis da Petrobras ,Itaú Unibanco e Bradesco encabeçaram as influências negativas do dia. Energias do Brasil teve a maior queda percentual.

Apenas 5 dos 72 ativos do Ibovespa rumaram no sentido oposto e fecharam no azul. A ação da concessionária de ferrovias ALL teve a alta mais expressiva, de 8,8 por cento. Em menor magnitude, Cosan também subiu, com avanço de 1,06 por cento.

O jornal "Valor Econômico" desta quinta-feira afirmou que uma fusão entre a ALL e a Rumo Logística, empresa de transporte de açúcar da Cosan, é avaliada como opção para encerrar a disputa judicial entre as duas empresas relativa ao volume contratos para escoamento de açúcar.

"Resolver o imbróglio é bom para as duas empresas, que alinhariam interesses", disse o analista William Alves, da XP Investimentos.

Atualizado às 18h02min, para adicionar informações do fechamento do mercado. 

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