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Bovespa recua 0,24% com pressão de bancos privados

O pregão foi marcado por troca de sinal algumas vezes, sem variações muito intensas para os dois lados

Bovespa: "Para subir mais e ir acima dos 70 mil pontos é preciso ver ainda a melhora na economia real" (Nacho Doce/Reuters)

Bovespa: "Para subir mais e ir acima dos 70 mil pontos é preciso ver ainda a melhora na economia real" (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 19h08.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou no vermelho nesta quinta-feira, em movimento de ajuste após romper o patamar dos 68 mil pontos, com as ações dos bancos privados pressionando, enquanto Smiles e Banco do Brasil foram destaques de alta.

O Ibovespa recuou 0,24 por cento, a 67.814 pontos. O volume financeiro somou 9,4 bilhões de reais, acima da média diária do ano até a véspera, de 7,65 bilhões de reais.

O pregão foi marcado por troca de sinal algumas vezes, sem variações muito intensas para os dois lados. No melhor momento, o Ibovespa subiu 0,7 por cento, a 68.455 pontos e recuou 0,46 por cento, a 67.661 pontos, na mínima.

O movimento de ajuste em Wall Street, que recuava após renovar máximas históricas, sob pressão de ações do setor de energia e de bancos, também corroborou a correção vista na bolsa paulista.

Mais cedo, o tom positivo do mercado ganhou respaldo na aprovação pela Câmara dos Deputados, na noite passada, do projeto para uma nova rodada de regularização de ativos mantidos ilegalmente no exterior, que rendeu mais de 45 bilhões de reais ao governo no ano passado.

Segundo operadores, a medida é bem recebida uma vez que pode resultar em mais recursos aplicados no mercado de capitais.

Apesar da percepção para a bolsa brasileira seguir positiva entre os agentes de mercado, em meio à expectativa de queda dos juros no Brasil, a demora na recuperação da economia real ainda levanta dúvidas sobre o espaço que o mercado ainda tem para avançar.

"Para subir mais e ir acima dos 70 mil pontos é preciso ver ainda a melhora na economia real", disse o gestor de renda variável da Fator Administração de Recursos, Daniel Utsch.

Destaques

- SANTANDER caiu 2,27 por cento, ITAÚ UNIBANCO PN recuou 1,94 por cento, ajudando a pressionar o Ibovespa devido à relevância dos papéis em sua composição. BRADESCO PN teve a baixa mais contida entre os bancos privados, com recuo de 0,33 por cento.

- HYPERMARCAS ON cedeu 2,25 por cento, entre as maiores perdas do Ibovespa. Analistas do JPMorgan mudaram a recomendação dos papéis para "neutra", ante "overweight", e cortaram o preço-alvo para a ação para 29,50 reais, ante 30 reais.

- RAIA DROGASIL ON perdeu 2,03 por cento, também entre os destaques negativos do índice, após subir 3,8 por cento na véspera. A empresa divulga seu resultado trimestral ainda nesta quinta-feria.

- BANCO DO BRASIL ON subiu 3,23 por cento, anulando as perdas vistas no início dos negócios e na contramão dos bancos privados. O presidente-executivo do BB, Paulo Caffarelli, disse que colocará a rentabilidade do banco em primeiro lugar, após o balanço mostrar queda de 34 por cento no lucro ajustado do quarto trimestre. O banco estima crescimento do lucro este ano para uma faixa entre 9,5 bilhões e 12,5 bilhões de reais. Na mínima do dia, o papel caiu 2,7 por cento.

- SIMILES ON avançou 5,09 por cento, melhor desempenho do Ibovespa, após reportar alta de 44 por cento no lucro líquido do quarto trimestre. O resultado foi considerado forte por analistas do BTG Pactual, que destacaram a qualidade do lucro. GOL PN, que não faz parte do Ibovespa, subiu 5,38 por cento, na esteira dos dados de sua controlada.

- COPEL PNB subiu 4,28 por cento, entre os destaques positivos do pregão. Segundo operadores, as ações foram favorecidas por um movimento técnico de troca de papéis após anúncio de um plano para a retirada das ações da CPFL Energia do mercado. Além disso, a Copel reafirmou na véspera seu compromisso com a aplicação integral dos reajustes tarifários aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sinalizando que não irá represar aumentos de tarifas devido a interferência política.

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