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Bovespa pode fechar a semana em queda

A expectativa dos negócios locais recai sobre o exercício de quarta-feira, quando vence o contrato futuro de índice, mantendo as blue chips em foco


	Bovespa: às 10h05, o Ibovespa caía 0,37%, aos 55.195 pontos, na mínima
 (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

Bovespa: às 10h05, o Ibovespa caía 0,37%, aos 55.195 pontos, na mínima (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2013 às 10h30.

São Paulo - O vencimento de opções sobre ações, na próxima segunda-feira, deve movimentar a Bovespa hoje, em meio às novas regras para o jogo. Mesmo assim, a expectativa dos negócios locais recai sobre o exercício de quarta-feira, quando vence o contrato futuro de índice, mantendo as blue chips em foco.

Em meio a esses fatores técnicos, o sinal negativo que prevalece no exterior, diante de dados econômicos nos Estados Unidos e do noticiário envolvendo a Europa, deve influenciar em uma abertura em queda por aqui, apagando os ganhos recentes e podendo encerrar a semana com desvalorização. Às 10h05, o Ibovespa caía 0,37%, aos 55.195 pontos, na mínima.

Operadores lembram que com a vedação à negociação de um contrato de opção no dia do vencimento, os ajustes nas posições, seja de zeragem ou rolagem, devem ser antecipados para a sessão de hoje. Assim, no dia do vencimento, o agente financeiro fica obrigada a exercer sua opção (se comprada ou vendida). Porém, segundo os profissionais, não deve haver "briga", já que as séries das ações oferecem poucos lances.

Para eles, o jogo deve esquentar na quarta-feira, quando vencem o contrato futuro e as opções sobre índice futuro da Bolsa. "Deve haver uma disputa grande em torno dos 55 mil pontos", comenta um operador.

Ele lembra que mesmo depois de quatro altas consecutivas, a Bolsa retrocedeu ontem a essa faixa intermediária entre os 50 mil e os 60 mil pontos, praticamente devolvendo toda a alta acumulada no período. "Estamos perto da pontuação da sexta-feira passada e devemos fechar a semana no 0 a 0", completa, referindo-se aos 55.050 pontos do último dia 5.


Apesar do recente descolamento entre o exterior e os negócios locais, os investidores seguem atentos ao comportamento dos ativos internacionais de risco, onde também prevalece uma realização de lucros.

No horário acima, em Nova York, o futuro do S&P 500 recuava 0,34%, ampliando as perdas após a queda maior que a esperada nas vendas do comércio varejista norte-americano em março, em -0,4% ante previsão de -0,1%. O índice de preços ao produtor (PPI) também caiu mais que o previsto no mês passado, em -0,6% ante estimativa de -0,4%.

Ainda por lá, às 10h55 sai a leitura preliminar de abril do índice de sentimento do consumidor nos EUA e, na sequência, às 11 horas, é a vez dos estoques das empresas em fevereiro. Entre outros eventos de peso, às 13h30, o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, discursa.

Já na Europa, as principais bolsas exibem perdas mais aceleradas, de -1,45% em Frankfurt, no mesmo horário, com os investidores digerindo a decisão do Eurogrupo em estender o prazo de maturação dos empréstimos concedidos a Portugal e Irlanda. Além disso, há certa preocupação com o Chipre, que sinalizou que pedirá "assistência extra" à União Europeia.

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