Ibovespa: na sexta-feira, o índice subiu 0,58%, a 79.866,10 pontos, acumulando na semana passada alta de 1,65 por cento (Leonardo Benassatto/Reuters)
Reuters
Publicado em 30 de julho de 2018 às 14h49.
Última atualização em 30 de julho de 2018 às 14h50.
São Paulo - O Ibovespa perdia o fôlego no final da manhã desta segunda-feira, após uma abertura mais positiva, contaminado pela fraqueza dos pregões em Wall Street, enquanto agentes financeiros repercutem o noticiário corporativo doméstico e monitoram desdobramentos no cenário político-eleitoral.
Às 11:41, o principal índice de ações da B3 caía 0,18 por cento, a 79.723,9 pontos, depois de ter subido 0,68 por cento na máxima até o momento. O volume financeiro somava 2 bilhões de reais.
Na sexta-feira, o índice subiu 0,58 por cento, a 79.866,10 pontos, acumulando na semana passada alta de 1,65 por cento.
A equipe da corretora Ágora destacou, em nota a clientes, que a espera por definições monetárias em importantes economias nos próximos dias faz com que os investidores comecem a semana de forma mais apreensiva, assim como dados de emprego nos Estados Unidos.
A agenda da semana reserva decisões de juros dos bancos centrais do Japão, Estados Unidos, Inglaterra e Brasil.
Em Wall Street, a queda das ações de tecnologia continuava pressionando negativamente, apesar da alta de papéis de energia na esteira do avanço do petróleo. O S&P 500 cedia 0,23 por cento, enquanto o Nasdaq caía 0,87 por cento.
Da cena política doméstica, a equipe da XP Investimento ressaltou em nota a clientes que as convenções partidárias realizadas no fim de semana não trouxeram novidades. O "foco está nos potenciais anúncios para a vaga de vice, sem nenhuma definição até o momento".
Na visão de um gestor de uma administradora de recursos do Rio de Janeiro, que pediu para não ter o nome citado, "dependendo de como a corrida eleitoral caminhar a partir de agosto poderá ter impacto relevante sobre os preços locais".
- MARFRIG tinha elevação de 3,04 por cento, tendo no radar notícias de que a norte-americana Tyson Foods entrou em conversações exclusivas com companhia de alimentos brasileira para comprar a sua unidade Keystone Foods, fornecedora norte-americana de frango para o McDonald's. A Marfrig, que adquiriu a Keystone oito anos atrás por 1,26 bilhão de dólares, espera vender a unidade por mais que o dobro disso - até 3 bilhões de dólares. No setor, JBS cedia 4,15 por cento.
- ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 0,54 por cento, antes da divulgação do seu balanço trimestral, prevista para depois do fechamento do mercado. Analistas da Brasil Plural esperam um resultado decente e consistente, com o lucro crescendo tanto na base trimestral como anual, mas com o banco ainda tendo um progresso pequeno em seu portfólio de crédito. No setor, BRADESCO PN tinham variação negativa de 0,13 eSANTANDER BRASIL subia 0,92 por cento, após terem divulgado os balanços. BANCO DO BRASIL tinha queda de 0,03 por cento. .
- PETROBRAS PN tinha elevação de 0,35 por cento, favorecida pela alta dos preços do petróleo no exterior. A petrolífera de controle estatal informou nesta segunda-feira que deu início à fase vinculante dos processos para a cessão da totalidade dos direitos de exploração, desenvolvimento e produção das concessões terrestres do Polo Sergipe Terra 2, no Estado de Sergipe. PETROBRAS ON, por sua vez, cedia 0,82 por cento.[nE6N1TV029]
- HYPERA subia 0,89 por cento, em meio à repercussão positiva do balanço do segundo trimestre divulgado no final da sexta-feira, com lucro das operações continuadas de 278,8 milhões de reais no período, alta de 22,3 por cento contra um ano antes. Analistas do Morgan Stanley consideraram os resultados bons, com a receita continuando a crescer em um ritmo de dois dígitos, sem impactos relevantes da greve dos caminhoneiros.
- KLABIN UNIT recuava 1,04 por cento, apesar da recuperação positiva de analistas para o resultado do segundo trimestre, com alta de 49 por cento no Ebitda ajustado, para 884 milhões de reais. A equipe do BTG Pactual considerou o resultado sólido, acrescentando que a empresa conseguiu resultados com boa qualidade e forte geração de caixa, em um trimestre marcado por impactos da greve dos caminhoneiros. Na mínima mais cedo, as units caíram 1,44 por cento.
- VALE subia 0,30 por cento, na esteira do avanço dos preços do minério de ferro na China.
- AMBEV cedia 1,01 por cento, entre as maiores pressões negativas, no segundo dia de queda, após valorizar-se mais de 5 por cento na última quinta-feira, na esteira da recepção positiva para o resultado do segundo trimestre. No radar dos investidores também está o resultado trimestral da rival Heineken, mostrando que o ambiente competitivo na indústria de cerveja no Brasil se intensificou.
- TELEFÔNICA BRASIL PN recuava 2,46 por cento, na ponta negativa do Ibovespa, assim como a rival TIM, que declinava 0,24 por cento.