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Bovespa perde 1% com dados fracos no exterior e balanços

Índice recuou 1,02%, a 53.855 pontos, depois de ter fechado na véspera em seu maior nível desde o início de novembro


	Telão da Bovespa: giro financeiro do pregão totalizou 5,2 bilhões de reais
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Telão da Bovespa: giro financeiro do pregão totalizou 5,2 bilhões de reais (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2014 às 17h59.

São Paulo - A bolsa brasileira recuou 1 por cento nesta quinta-feira, seguindo a trajetória negativa dos mercados externos e com investidores repercutindo no cenário doméstico a queda maior que a prevista nas vendas no varejo e a reta final da divulgação de resultados trimestrais de empresas.

O Ibovespa recuou 1,02 por cento, a 53.855 pontos, depois de ter fechado na véspera em seu maior nível desde o início de novembro. O giro financeiro do pregão totalizou 5,2 bilhões de reais.

Em Nova York, os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 também perderam cerca de 1 por cento cada, com o sentimento do mercado afetado pelo resultado abaixo do esperado do Wal-Mart e indicador mostrando que a produção industrial norte-americana teve a maior queda em abril em mais de um ano e meio.

As bolsas europeias encerraram igualmente no vermelho, em meio a dados mistos de crescimento da zona do euro.

"Os motivos da queda de hoje vieram muito mais de fora que de dentro", disse o diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt.

"Houve uma certa decepção com os números de crescimento na Europa e dados dos Estados Unidos, e, na ausência de outra notícia boa, o investidor prefere realizar lucros, como já viemos de pregões muito fortes", completou.

Por aqui, embora em menor grau, afetou o humor do investidor o resultado das vendas no comércio varejista, que recuaram 0,5 por cento em março na comparação com fevereiro, primeira queda do ano.

Na cena corporativa, a operadora de telefonia Oi teve a maior desvalorização do Ibovespa, de 8,04 por cento, depois de divulgar recuo de 13 por cento em seu lucro líquido no primeiro trimestre diante de maiores despesas financeiras.

Analistas do Citi apontaram que, apesar de vendas adicionais de ativos da Oi, a alavancagem da empresa ainda avança e que "embora acreditemos que a administração pode melhorar as operações, o fluxo de caixa só deve ficar positivo em 2016".

A ação da Cemig teve a segunda maior baixa, de 6,38 por cento, após julgamento do Superior Tribunal da Justiça (STJ) sobre a prorrogação do prazo de concessão da usina hidrelétrica Jaguara ficar empatado e indefinido por pedido de vista de um dos ministros.

O Credit Suisse afirmou que, do ponto de vista da Cemig, o pedido de vista foi positivo, pois a estatal mineira manterá a liquidação de energia de Jaguara por pelo menos mais três meses no preço do mercado de curto prazo, o que deve favorecer seu resultado.

"Porém, dado o movimento recente da ação, achamos que pode haver alguma realização de lucros, pois a probabilidade de ganho na causa implícita no preço aumentou bastante recentemente", alertaram.

Fora do índice, a HRT disparou 11,27 por cento, uma vez que a petroleira conseguiu reverter prejuízo no primeiro trimestre e anunciou lucro líquido de 1,7 milhão de reais para o período, em seu primeiro resultado operacional positivo.

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