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Bovespa opera de olho no exterior

A briga entre "comprados" e "vendidos" ao redor dos 60 mil pontos inibe qualquer movimento consistente dos negócios locais


	Bovespa: por volta das 10h15, o Ibovespa subia 0,08%, aos 58.419,01 pontos
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: por volta das 10h15, o Ibovespa subia 0,08%, aos 58.419,01 pontos (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 10h06.

São Paulo - Neste último pregão da semana, que antecede o recesso de dois dias por causa do carnaval, a Bovespa continua refém da proximidade do vencimento de índice futuro, na quarta-feira (13).

A briga entre "comprados" e "vendidos" ao redor dos 60 mil pontos inibe qualquer movimento consistente dos negócios locais, que ficam atentos ao comportamento dos mercados internacionais para avaliar qual força (compradora ou vendedora) deve ser maior nesta sexta-feira.

Por enquanto, dados econômicos na China tentam animar os investidores. Por volta das 10h15, o Ibovespa subia 0,08%, aos 58.419,01 pontos.

A aposta do investidores estrangeiros na queda do Ibovespa, no mercado futuro, está muito próxima de 100 mil contratos em aberto. Segundo dados da BM&FBovespa, os estrangeiros chegaram ao final da sessão de quinta-feira (07) com a posição vendida contando com 99.109 contratos em aberto, resultado de 87.056 contratos na compra e 186.165 contratos na venda.

Um dia antes, essa estratégia contava com 94.770 contratos em aberto, o que representa um aumento líquido de 4.339 contratos na posição vendida entre os dias 6 e 7 de fevereiro.

Em valores, os investidores estrangeiros estão apostando R$ 5,781 bilhões na queda do Ibovespa, no mercado futuro, considerando a pontuação de fechamento do derivativo na quinta-feira (07). Já no mercado à vista, o saldo de investimento externo está positivo em R$ 5,424 bilhões em 2013 até a última terça-feira (dia 5).

O vencimento do índice futuro referente a fevereiro está marcado para o dia 13 deste mês, na volta do recesso de carnaval.

Como o pregão regular da próxima quarta-feira (13) terá início apenas às 13 horas, com o bloqueio/exercício no mercado de opções sobre índices podendo ser feito apenas na primeira hora de negócios, operadores acreditam que os investidores não deixaram para fazer todos os ajustes necessários somente na semana que vem.


Até por isso, afirmam, têm sido identificadas operações de rolagem/zeragem nos últimos dias.

A China também faz uma pausa ao longo da próxima semana, devido às comemorações do ano novo. Antes, porém, o gigante emergente divulgou dados econômicos sólidos. O superávit comercial chinês diminuiu ligeiramente em janeiro ante dezembro, mas ficou acima do esperado, em US$ 29,2 bilhões, com crescimento robusto e maior do que a expectativa nas exportações e importações.

Já do lado da inflação, os preços ao consumidor continuam resistentes, apesar da desaceleração no início deste mês ante dezembro, na comparação anual.

Os números chineses, contudo, sustentam um viés de alta entre as principais bolsas europeias e as commodities industriais, ao passo que Wall Street oscila na linha d'água, antes da divulgação do saldo da balança comercial norte-americana (11h30) e das vendas e dos estoques no atacado nos Estados Unidos (13h) - todos relativos ao último mês do ano passado. Às 9h35, o futuro do S&P 500 tinha leve alta de 0,08%.

Em tempo: estreiam nesta sexta-feira na Bovespa as ações ordinárias da empresa de software de varejo Linx, sob o código "LINX3", após a oferta inicial de ações (IPO). Na última quarta-feira, a companhia precificou as ações em R$ 27,00, movimentando R$ 527,850 milhões no primeiro IPO no Brasil em 2013.

Foram registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 19,55 milhões de papéis, sendo a totalidade das ações ofertadas no lote principal e no suplementar. Caso o lote suplementar não seja exercido em até 30 dias, a oferta pode ser reduzida em R$ 68,85 milhões.

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